A leitura silenciosa das sentenças ambíguas temporárias por falantes bilíngues japonês/português do município de Tomé-Açu-PA

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01-01-2017

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BORGES, Aline dos Anjos. A leitura silenciosa das sentenças ambíguas temporárias por falantes bilíngues japonês/português do município de Tomé-Açu-PA. Orientadora: Francisca Maria Carvalho. 2017. 57 f. Trabalho de Curso (Licenciatura em Letras – Língua Portuguesa) – Faculdade de Ciências da Linguagem, Plano Nacional de Formação de Professores da Educação Básica – PARFOR, Campus Universitário de Abaetetuba, Universidade Federal do Pará, Abaetetuba, 2017. Disponível em: https://bdm.ufpa.br:8443/jspui/handle/prefix/5428. Acesso em:.
Examinamos, o processamento bilíngue na leitura silenciosa de sentenças ambíguas temporárias de textos escritos da Língua Portuguesa por falantes bilíngues de Tomé Açu, ponderando a sintaxe-prosódia implícita. Especificamente, despertamos o interesse de entender o processamento bilíngue em contexto familiar de dois grupos de brasileiros nascidos em Tomé-Açu: falantes que possuem a Língua Japonesa como primeira língua (L1) e a Língua Portuguesa como segunda língua (L2). Baseando-se na Psicolinguística de Leitão (2012), Psicolinguística do Bilinguismo (Zimmer, 2015). Especificamente, na Hipótese da Prosódia Implícita Fodor (2002) e a Marcação Prosódia Gráfica de Cagliari (1989), aplicamos um experimento de leitura silenciosa off-line, não cronometrado. Pressupomos 1) Os falantes do Português como L2 possuiriam dificuldades no processamento da leitura silenciosa de sentenças ambíguas temporárias da Língua Portuguesa; 2) Os falantes do Português como L2 apresentariam menor desempenho na leitura silenciosa do que os falantes do Português como L1; 3) A presença da vírgula facilitaria o processamento de sentenças ambíguas temporárias tanto dos falantes do Português como L2 quanto dos falantes do Português como L1. O experimento contou com 18 indivíduos de Tomé-Açu: 9 falantes do Português como L2 e 9 falantes do Português como L1 entre 30 a 50 anos. O material obteve 54 sentenças subordinadas ambíguas temporárias: “À medida que João escrevia as mensagens foram lidas por todos na platéia”; 54 distratoras; 3 scripts (18 sentenças-testes; 6 condições experimentais: Late Closure, Early Closure e Semantic Control com e sem a vírgula). Os falantes do Português como L2 não apresentaram dificuldade no processamento da leitura silenciosa de sentenças ambíguas temporárias. As estatísticas apontam que o grupo Português como L2 acertou 62% de todas as sentenças ambíguas temporárias com e sem a vírgula, 65% das sentenças com a vírgula e 59% sem a vírgula. O grupo Português como L2 acertou 59% de todas as sentenças ambíguas temporária com e sem a vírgula, 63% com a vírgula e 56% sem a vírgula. Tais evidências apontam que o grupo Português L2 apresentou maior percentual de acertos nas sentenças ambíguas temporárias com uma diferença considerável. Ocorreu uma diferença não significativa com relação ao número de acertos das sentenças ambíguas temporárias com a vírgula. Assim sendo, a vírgula contribuiu para a resolução da ambiguidade de sentenças do Português escrito para os dois grupos.

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