As contribuições freireanas para a escolarização e inclusão de pessoas adultas/idosas no programa GETI

O presente estudo tem como objetivo retratar na condição de bolsista da extensão universitária, o trabalho viabilizado no Projeto de Escolarização e Inclusão de Pessoas Adultas, Idosas no Programa Grupo de Educação na Terceira Idade/GETI. As ações pedagógicas eram realizadas por meio de rodas de conversa sobre as histórias de vida, visando desenvolver atividades de escutas, reflexões como parte constitutivas do processo de escolarização de pessoas adultas, idosas no âmbito do Programa Grupo de Educação na Terceira Idade, com participação de docentes, monitores, graduandas/os em formação, coordenadoras, corpo técnico-administrativo, convidados. A formação planejada ocorria a partir de dois encontros mensais, um direcionado para escuta, e outro para apresentação aos participantes das reflexões, em conexão com as histórias de vida das pessoas, realizados on line por conta da pandemia. O trabalho tinha como fundamento teórico, a Educação Popular, a Pedagogia do Oprimido, Freire, (1987), na qual o processo formativo é forjado na perspectiva da emancipação humana. Nesse sentido, a partir da interface com as histórias de vida, os resultados apontavam na perspectiva de compreender criticamente, criativamente os processos e itinerários formativos; construídos nas vivências individuais, coletivas, em contextos diversificados, possibilitando às pessoas de grupos sociais vulneráveis, a capacidade de dizer a sua palavra sobre seus processos de vir a ser; de inacabamento humano, de sua educabilidade humana, especialmente as mulheres adultas, idosas. Concluímos reafirmando o compromisso da Extensão Universitária com a inclusão, participação de pessoas adultas, idosas oriundas de comunidades menos favorecidas ao promover o desenvolvimento de escutas, reflexões capazes de contribuir com o processo de escolarização na perspectiva da educação pública, democrática, popular, gratuita, laica, inclusiva, de qualidade social, referenciada como direito humano basilar para pessoas adultas, idosas/velhas da Amazônia Paraense. A pandemia limitou as ações do Projeto.