Estresse oxidativo e efeitos comportamentais resultantes da inibição crônica do complexo i mitocondrial por rotenona

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Data

01-01-2011

Coorientador(es)

KIETZER, Kátia Simone LattesORCID

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FERREIRA, Daniel Arnaud Pereira; CANAVIEIRA, Herick Meninéa. Estresse oxidativo e efeitos comportamentais resultantes da inibição crônica do complexo I mitocondrial por rotenona. Orientador: Edmar Tavares da Costa; Coorientadora: Kátia Simone Kietzer. 2011. 60 f. Trabalho de Curso (Bacharelado em Medicina)-Faculdade de Medicina, Instituto de Ciências da Saúde, Universidade Federal do Pará, Belém, 2011. Disponível em: https://bdm.ufpa.br:8443/jspui/handle/prefix/5057. Acesso em:.
A rotenona, princípio ativo extraído de plantas tropicais como o timbó, é uma substância amplamente utilizada na região amazônica como piscicida na pesca artesanal e pesticida nas lavouras. Sua ação neurotóxica reproduz alguns aspectos da doença de Parkinson (DP) em modelos animais in vivo e in vitro, incluindo a degeneração nigroestriatal dopaminérgica e formação de inclusões citoplasmáticas semelhantes aos corpos de Lewy. Uma das hipóteses é a de que a exposição a fatores ambientais, juntamente com o envelhecimento e com fatores genéticos aumentam o risco de desenvolvimento da doença. Por causar alterações no metabolismo oxidativo, já que é um inibidor do complexo I mitocondrial, a rotenona aumenta a produção de espécies reativas de oxigênio (EROs). O excesso de EROs provoca efeitos prejudiciais como a peroxidação dos lipídios de membrana e agressão às proteínas dos tecidos e das membranas. As consequências desse estresse oxidativo nos neurônios da via nigroestriatal levam a alterações de movimento, balanço e alterações do controle motor fino. No presente trabalho, ratos Wistar machos foram divididos em grupos controle (n=12) e tratado (n=13) e submetidos a administração intraperitoneal de rotenona por 30 dias. Foi avaliada a ocorrência de peroxidação lipídica em regiões encefálicas diretamente envolvida na DP como a substância negra e o corpo estriado, bem como outras regiões como córtex cerebral, cerebelo, hipocampo e hipotálamo. Córtex, cerebelo estriado e substância negra foram as áreas onde houve diferença estatística nos resultados entre os grupos controle e tratado. Os testes comportamentais realizados no primeiro, décimo quinto e trigésimo dia, mostraram alterações motoras incluindo a diminuição na atividade locomotora e diminuição na capacidade de adotar a posição bípede com e sem apoio. Portanto, não é possível descartar a possibilidade de que tais alterações motoras sejam resultantes do comprometimento de múltiplas funções em diversas áreas do sistema nervoso, incluindo ou não a via nigroestriatal. Como ainda não são completamente entendidos os mecanismos de toxicidade induzidos pela rotenona, este trabalho teve como objetivo complementar investigar a indução de estresse oxidativo em tecidos periféricos. Foram analisados tecidos como porção proximal do duodeno, fígado e rim. Os resultados comprovaram algum grau de comprometimento peroxidativo principalmente nas áreas do fígado e rim.

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