Infecção pelos vírus da hepatite B e hepatite C entre portadores de diabetes melito no Hospital Universitário João de Barros Barreto

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01-01-2008

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NUNES, Alessandro de Sousa; LUZ, Isaac Ébano Figueiredo; ROSA, Thiago de Paula. Infecção pelos vírus da hepatite B e hepatite C entre portadores de diabetes melito no Hospital Universitário João de Barros Barreto. Orientadora: Maria Rita de Cassia Costa Monteiro. 2008. 79 f. Trabalho de Curso (Bacharelado em Medicina) - Faculdade de Medicina, Instituto de Ciências da Saúde, Universidade Federal do Pará, Belém, 2008. Disponível em: https://bdm.ufpa.br:8443/jspui/handle/prefix/5015. Acesso em:.
Esta investigação foi realizada no período de junho de 2007 a fevereiro de 2008, com o objetivo de estudar a prevalência dos marcadores de infecção pelos vírus da hepatite B e hepatite C em portadores de diabetes melito, atendidos no Hospital Universitário João de Barros Barreto, em Belém-PA, assim como, investigar o perfil sócio-demográfico e possíveis situações de risco para as referidas infecções. Ao final desse período estabelecido, foram incluídos 69 indivíduos, os quais, constituíram a amostra. A cada participante, aplicou-se um questionário para obtenção de informações sobre as características sócio demográficas e as situações de risco investigadas. Em seguida, cada participante recebeu uma solicitação de exame para coleta de sangue no laboratório do hospital e realização dos marcadores HBsAg, anti-HBc total, anti-HBs e anti-HCV. Encontrou-se um predomínio de mulheres, com 63,8% (44/69), e de participantes acima de 40 anos de idade (84%). Possuíam parceiro fixo 60,9% (42/69) e 66,7% (46/69) revelaram não ter concluído, ao menos, o ensino fundamental. Nasceram no Pará 85,5% (59/69), 42% (29/69) eramaposentados e a renda familiar predominante foi até 02 salários mínimos (68,1 % - 47/69). Mais da metade do grupo (51,6% - 33/64) tinha diagnóstico de diabetes melito havia mais de 10 anos e, dentre aqueles que usavam hipoglicemiantes, 52,4% (33/63) faziam uso de insulina e 47,6% (30/63) hipoglicemiantes orais. O controle domiciliar da glicemia era realizado por 8,7% (6/69) do grupo e 58,0% (40/69) revelaram ser vacinados para hepatite B. Quanto às situações de risco, 87% (60/69) revelaram antecedente cirúrgico; 22,2% (14/63) daqueles com experiência sexual possuíam antecedente de doença venérea e 82,5% (52/63) revelaram nunca ter usado preservativo. A prevalência global de infecção pelo vírus da hepatite B foi de 37,7%, com 1,4% para o HBsAg, 31,9% para o anti-HBc e 5,8% para o anti-HBs. Para o anti-VHC, a prevalência encontrada foi de 1,4%. Estes resultados mostram uma população idosa, período de vida próprio da ocorrência do diabetes melito, com baixa escolaridade e baixo poder aquisitivo. A prevalência de infecção pelo vírus da hepatite B encontrada se assemelha àquela observada na população geral, todavia, quanto ao anti-VHC, sua freqüência mostrou-se bem acima daquela demonstrada em alguns estudos brasileiros com base na população geral. A ampliação desta amostra, certamente, será importante para consolidar estes resultados e para o direcionamento, inclusive, das políticas públicas de saúde para esta população.

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