Da beira do rio a beira da estrada: projetos econômicos, deslocamentos e impactos socioambientais na comunidade ramal velho de Beja, Abaetetuba - Pará

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30-12-2021

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AIRES, Gedeão de Souza. Da beira do rio a beira da estrada: projetos econômicos, deslocamentos e impactos socioambientais na comunidade ramal velho de Beja, Abaetetuba - Pará. Orientadora: Eliana Teles Rodrigues. 2021. 32 f. Trabalho de Curso (Licenciatura em Educação do Campo – Habilitação em Ciências Naturais) – Faculdade de Formação e Desenvolvimento do Campo, Campus Universitário de Abaetetuba, Universidade Federal do Pará, Abaetetuba, 2021. Disponível em: https://bdm.ufpa.br:8443/jspui/handle/prefix/5000. Acesso em:.
O presente trabalho, buscou-se estudar as alterações do meio de vida da comunidade rural Ramal Velho de Beja, em um trecho da PA 403 no município de Abaetetuba, Pará, que na memória de moradores mais antigos antes da construção da estrada tinham uma relação social mais voltada a dinâmica do rio Arapiranga, o qual, hoje sofre as consequências dos danos ambientais dos empreendimentos que se observam em seu entorno. O objetivo maior deste estudo foi descrever a situação dos processos e impactos das mudanças que se operam na vida cotidiana da comunidade Ramal Velho de Beja, incrustrada no entorno de grandes empreendimentos minerais e agropecuários. Para alcançar este objetivo foi realizado um levantamento bibliográfico relacionado a temática e a pesquisa de campo que consistiu em acompanhar duas mobilizações dos comunitários, em sua luta por direito ambiental, e a coleta de dados que se deu a partir de entrevistas semiestruturadas com questionários abertos para que os entrevistados pudessem se sentir à vontade. Os resultados apontam as mudanças promovidas pelos novos elementos, os quais produzem não apenas a mudança na paisagem rural do município de Abaetetuba, como também afetam o modo de vida de seus habitantes. Especificamente, a mudança tem efeito devastador no que diz respeito a questão ambiental e as terras tradicionalmente ocupadas, pois a cada momento ocorre o deslocamento dessas terras de posse dos comunitários, para o lado de grandes empreendimentos sejam estes da mineração ou agropecuários.

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