Perfil epidemiológico, clínico e laboratorial dos pacientes pediátricos acompanhados ambulatorialmente em remissão de doença neoplásica em hospital de referência de oncologia. Belém, Pará.

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01-01-2011

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GONÇALVES, Aline Fernanda Chaves; DALL'AGNOL, Juliana Teixeira. Perfil epidemiológico, clínico e laboratorial dos pacientes pediátricos acompanhados ambulatorialmente em remissão de doença neoplásica em hospital de referência de oncologia. Belém, Pará. Orientadora: Rita de Cássia Carneiro; Coorientadora: Ana Cláudia Alves Damasceno. 2011. 98 f. Trabalho de Curso (Bacharelado em Medicina)-Faculdade de Medicina, Instituto de Ciências da Saúde, Universidade Federal do Pará, Belém, 2011. Disponível em: https://bdm.ufpa.br:8443/jspui/handle/prefix/4823. Acesso em:.
INTRODUÇÃO: Atualmente, a maioria dos pacientes pediátricos com diagnóstico de neoplasia, caso identificados e tratados precoce e adequadamente, tem notáveis chances de cura. O registro e acompanhamento prolongado dessas crianças, antes e após a remissão da doença, permitem o conhecimento tanto de dados demográficos e clínicos, quanto à monitorização das morbidades precoces e tardias relacionadas à evolução do quadro e ao tratamento. OBJETIVO: Conhecer o perfil epidemiológico e clínico dos pacientes oncológicos pediátricos em remissão de doença atendidos no ambulatório de oncologia do Hospital Ophir Loyola (HOL) no período de janeiro de 2006 a dezembro de 2009. MATERIAL E MÉTODOS: Trata-se de estudo retrospectivo, descritivo, do tipo transversal, através de revisão de prontuários, incluindo os pacientes pediátricos (0 a 14 anos) que realizaram tratamento no setor de oncologia do Hospital Ophir Loyola, no período de janeiro de 2006 a dezembro de 2009, e que foram acompanhados no ambulatório do referido hospital com a doença em remissão. RESULTADOS: Foram avaliados 104 pacientes, dos quais 60,6% eram do sexo masculino, 43,3% tinham de 1 a 4 anos, 62,5% eram pardos, 59,6% eram procedentes de fora da região metropolitana de Belém. O tempo de seguimento é de mais de 4 anos em 50% dos pacientes. As neoplasias mais freqüentes foram as hematológicas, dentre elas a LLA, com 30,8% dos casos, foi a mais relevante. Em 45% dos pacientes houve 4 ou mais meses entre os sintomas iniciais e o começo do tratamento. A palidez cutâneo-mucosa (41,3%), a febre (39,4%) e a perda ponderal (28%) foram os principais sinais e sintomas. Entre os tumores avaliáveis, ao diagnóstico, 50% eram localizados, apenas 5,1% tiveram comprometimento linfonodal e ocorreu metástase em 11,3%. A quimioterapia foi o tratamento mais realizado (99%), sendo a terapêutica relacionada ao maior percentual de complicações (38,8%), das quais a neutropenia febril foi a mais freqüente (20,4%). Foram acompanhados pela oncologia pediátrica, psicologia e assistência social, concomitantemente, 44,1% dos pacientes. Na admissão, os pacientes apresentaram anemia em mais de 80% dos casos, leucopenia em 44,2%, trombocitose em 24% e DHL elevado em 42%. CONCLUSÃO: O perfil clínico-epidemiológico da amostra se assemelhou ao das neoplasias hematológicas, principalmente LLA, pela sua maior prevalência. A suspeição clínica e início de tratamento precoce sabidamente são fatores importantes para o prognóstico. Durante o tratamento e após alcançada a cura, o acompanhamento do paciente é essencial para identificar e sanar as possíveis complicações.

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