Avaliação da dor pós-operatória em pacientes da Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará, entre março de 2005 e maio de 2006

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01-01-2007

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LEITE, Caroline Galvão; PEREIRA, David Ricardo da Silva; SILVA, Sueleny do Socorro Lopes da. Avaliação da dor pós-operatória em pacientes da Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará, entre março de 2005 e maio de 2006. Orientador: José Ribamar da Costa Souza. 2007. 69 f. Trabalho de Curso (Bacharelado em Medicina) - Faculdade de Medicina, Instituto de Ciências da Saúde, Universidade Federal do Pará, Belém, 2007. Disponível em: https://bdm.ufpa.br:8443/jspui/handle/prefix/4793. Acesso em:.
A dor é uma condição extremamente complexa, não se tratando somente de uma forma de sensação, mas de um conjunto que inclui reações reflexas, aprendizado, memorização, respostas emocionais e comportamentais. Quando intensa, a dor pode influenciar negativamente na evolução do paciente, retardando sua recuperação. A mensuração da dor auxilia na escolha do tratamento e conduta terapêutica. A avaliação criteriosa da dor é a chave para um tratamento adequado. Objetivo: Apresentar os resultados relativos à avaliação prospectiva da dor pós operatória observada em pacientes submetidos a cirurgias ginecológicas diversas na FSCMPA. Metodologia: Avaliação da dor pós-operatória das pacientes submetidas a procedimentos cirúrgicos ginecológicos eletivos, utilizando-se um protocolo de pesquisa baseado na escala analógica visual e numérica e na coleta de dados, tais como: idade, tipo físico, estado psicológico, tipo e duração do procedimento cirúrgico, técnica anestésica empregada, tratamento farmacológico empregado, intensidade da dor e eventuais intercorrências. Resultados: Na primeira avaliação, 6 horas após o procedimento cirúrgico, observou-se que o percentual de pacientes que referiu algum grau de dor (leve a insuportável) foi 68,7% (n = 206), maior que o número de pacientes com ausência de dor 31,3% (n = 94). À medida que aumenta a faixa etária, aumenta a diferença entre as modalidades dor ausente e dor insuportável, sendo a percentagem de dor insuportável menor em pacientes acima de 60 anos comparada às demais idades. Entre as pacientes que alegaram dor ausente nas primeiras horas de avaliação, 73% destas estavam tranqüilas no dia anterior a cirurgia, havendo predominância do estado ansioso, preocupado e/ou nervoso nas demais categorias. Em cirurgias com duração inferior à uma hora observou-se que a percentagem de dor ausente é maior (64%), e à medida que aumenta a duração da cirurgia há redução da modalidade dor ausente e aumento das demais. As medicações prescritas para o tratamento da dor no período do estudo foram a dipirona, cetoprofeno e diclofenaco sódico. Somente a dezoito pacientes (6%) foram prescritos opióides, tramadol (14 casos) e meperidina (4 casos). As intercorrências encontradas foram náuseas, vômito, cefaléia, hipotensão, prurido, febre e retenção urinária, sendo observada a presença de mais de uma em 36% dos casos (n = 64). As mais freqüentes foram náuseas e vômito, totalizando 44%. Quando associadas a outras manifestações, náuseas e vômitos foram verificados em 73,1% das pacientes acompanhadas. Observa-se que em pacientes que referiram dor de maior intensidade da dor, aumenta a incidência de intercorrências. Conclusão: a dor pode trazer conseqüências danosas ao organismo e por isso deve ser devidamente tratada. Além de não ser reconhecida em nosso meio como 5º sinal vital, não é avaliada, e é subtratada na maioria dos casos pelo despreparo dos profissionais de saúde em relação ao tema dor.

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