Estabelecimento de modelo experimental de imunossupressão com ciclofosfamida em primatas não humanos.

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01-01-2009

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SILVA, Carla Elvira Araújo da; LAMARÃO, Maria Fernanda Vita. Estabelecimento de modelo experimental de imunossupressão com ciclofosfamida em primatas não humanos. Orientador: Paulo Pimentel de Assumpção. 2009. 43 f. Trabalho de Curso (Bacharelado em Medicina) - Faculdade de Medicina, Instituto de Ciências da Saúde, Universidade Federal do Pará, Belém, 2009. Disponível em: https://bdm.ufpa.br:8443/jspui/handle/prefix/4629. Acesso em:.
Introdução: Modelos experimentais de imunossupressão há anos vêm sendo estabelecidos com intuito de viabilizar o desenvolvimento de técnicas de mensuração da resposta imune, permitir a avaliação de novas substâncias voltadas ao combate à imunossupressão e o estudo de condições patológicas potencializadas pela depressão do sistema imune como o câncer. Constituem-se em subsídio essencial para variados trabalhos científicos, como os que envolvem a carcinogênese experimental. Objetivo: Estabelecer modelo experimental de imunodepressão com Ciclofosfamida em primatas não humanos (espécie Cebus apella) e avaliar a genotoxicidade induzida pela referida droga naqueles animais. Metodologia: Foram duas etapas: Na primeira fase, no dia zero, foram coletadas amostras de sangue de quatro macacos sadios para análises bioquímicas e hematológicas, as quais serviram como controle negativo para este estudo. Em seguida foram administradas doses únicas de 50mg/kg de Ciclofosfamida, via intravenosa, em cada um dos quatro animais. Posteriormente, foram realizados diariamente leucogramas para determinar o período de recuperação da função imune e, assim, injetar uma novamente a mesma dose iniciando a segunda fase. A fim de se avaliar uma possível indução de genotoxicidade pela Ciclofosfamida foi realizado o Teste do Micronúcleo. Resultados: A primeira fase teve duração de vinte dias a partir do dia zero. Entre o quarto e o décimo dia após a injeção de Ciclofosfamida, o número de leucócitos teve seu menor valor (6,66±1,40). Não houve morte por intoxicação nesta fase. Na segunda fase do experimento foi administrada Ciclofosfamida vinte dias após a primeira injeção. Passados dois dias dessa segunda aplicação do imunossupressor os primatas apresentaram os menores valores na contagem de leucócitos (3,80±1,44), a qual permaneceu estável por dezenove dias. Nesse período dois primatas morreram por intoxicação. A média de Micronúcleos/1000 células apresentou um aumento significativo nos linfócitos dos Cebus apella após o tramento (P<0.05). Houve um ligeiro aumento da freqüência de Micronúcleos da segunda administração de Ciclofosfamida em relação à primeira, porém este não foi significativo. A maioria dos linfócitos apresentou apenas um Micronúcleo por célula binucleada. Conclusão: Embora a imunodepressão estabelecida na 2ª fase do experimento tenha iniciado em período inferior e se sustentado por mais tempo quando comparada à imunossupressão estabelecida na 1ª fase do estudo, a recuperação imune em ambas foi completa. Esse fato se deve a provável bioacumulação da Ciclofosfamida. Como conseqüência do efeito citotóxico dessa droga dois dos quatro primatas que iniciaram o experimento morreram. Após o tratamento com Ciclofosfamida os linfócitos do sangue periférico dos animais apresentaram um aumento significativo da media de Micronúcleos/1000 células em relação aos linfócitos controle. O sistema de reparo celular dos Cebus apella foi capaz de reparar e/ou eliminar grande parte das células com alterações mutagênicas, visto que houve um discreto aumento da freqüência de Micronúcleos, porém não significativo, quando comparamos a segunda administração do imunossupressor em relação à primeira. A concentração de Ciclofosfamida de 50mg/kg corresponde à concentração DL50 da droga, visto que 50% desses animais morreram durante o experimento. Até o desenvolvimento desta proposta esse dado era desconhecido na literatura.

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