Incidência dos critérios diagnósticos de lúpus eritematoso sistêmico em pacientes do sexo masculino de acordo com o colégio americano de reumatologia

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01-01-2006

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CARMO, Flávia Borges do; SILVA, Raiany Souza da; CRUZ, Renata Glória Souza Cesar da. Incidência dos critérios diagnósticos de lúpus eritematoso sistêmico em pacientes do sexo masculino de acordo com o colégio americano de reumatologia. Orientadora: Maria de Fátima Lobato da Cunha Sauma. 2006. 55 f. Trabalho de Curso (Bacharelado em Medicina) - Faculdade de Medicina, Instituto de Ciências da Saúde, Universidade Federal do Pará, Belém, 2006. Disponível em:https://bdm.ufpa.br:8443/jspui/handle/prefix/4620. Acesso em:.
O LES é uma doença inflamatória crônica de etiologia multifatorial que pode acometer múltiplos órgãos e sistemas em diversas combinações. Os pacientes com LES desenvolvem alterações imunológicas distintas, em particular produção de auto-anticorpos nucleares, anticitoplasmáticos e antifosfolipídicos. A produção desses auto-anticorpos de mediadores inflamatórios, ocasiona lesão de tecidos e/ou células. As mulheres são mais acometidas que os homens na proporção de 9:1 e a forma de apresentação da doença é bastante heterogênea com períodos de exacerbação e remissão. Foram estudados 22 pacientes do sexo masculino com LES com o objetivo de avaliar os critérios diagnósticos desta doença segundo o ACR. Dos pacientes estudados, cerca de 50% foram declarados como raça branca. No tocante à idade de início da doença, a maioria (31,8%) era incluído no grupo cuja faixa etária variava entre 30 e 39 anos. Somente 18,2% dos pacientes encontravam-se com idade superior a 40 anos. Verificou-se que 77,3% da amostra apresentou artrite não erosiva; 72,7% apresentou desordens hematológicas; 63,6% apresentou acometimento renal; níveis de FAN > 1: 80 esteve presente em 50% dos casos; 40% apresentaram eritema malar; 36,4% apresentaram serosite; 36,4% fotossensibilidade; 27,3% lesão discóide; 27,3% apresentaram achados imunes; apenas 22,7% dos casos cursaram com manifestações neurológicas em seu quadro clínico e 13,6% evoluíram com úlceras orais e nasofaríngeas. Quanto à serosite, 75% dos pacientes que respondiam a esse critério, cursaram com derrame pleural e 25% com derrame pericárdico. 92,9 % apresentaram proteinúria e 57,1% com cilindros granulosos, dos pacientes com acometimento renal. 22,7% tiveram convulsão como a única manifestação neuropsiquiátrica encontrada. Em relação à desordens hematológicas, 72,7% evoluíram com esse tipo de alteração, ficando assim distribuídos: 87,5% com anemia; 37,5% com leucopenia e apenas 12,5% apresentaram plaquetopenia. 83,3% eram positivos para o auto-anticorpo Anti-DNA nativo, 16,7% era VDRL falso-positivo e 16,7% era Anti-Sm positivo, no grupo dos que apresentavam outras alterações imunes. As alterações em sua maioria foram semelhantes às relatadas na literatura, sendo a faixa etária de início dos sintomas, 30 à 39 anos, encontrada nessa casuística, ligeiramente inferior à algumas literaturas consultadas.

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