Corpos “Infames”: entre o controle normativo e a transgressão artística teatral

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07-10-2020

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SOUZA, Nilson Milas Chucre de. CORPOS “ INFAMES ”: entre o controle normativo e a transgressão artística. Orientadora: Cláudia do Socorro Gomes da Silva. 2021. 40 f. Trabalho de Curso (Licenciatura em Teatro) – Escola de Teatro e Dança, Instituto de Ciências da Arte, Universidade Federal do Pará, Belém, 2020. Disponível em: https://bdm.ufpa.br:8443/jspui/handle/prefix/3582 . Acesso em:.
“Corpos ‘Infames’: entre o controle normativo e a transgressão artística teatral” é a junção de dois momentos muito importantes para a minha história, onde reúno elementos, sinais e cicatrizes de uma vida que foi bombardeada pela normatividade social e dogmas religiosos que permearam minha infância e adolescência e, até hoje, refletem na minha vida adulta como artista e educador. A relação com o corpo está em todos os pontos desta escrita. Um corpo, incialmente, preparado para adorar e servir, porém, por conta de uma libertação moral, toma um rumo diferente. A vida foi o principal palco para que este corpo se moldasse e desabrochasse para sentimentos e desejos que lhe foram represados na comunidade cristã. As cicatrizes de escolhas e ações foram aparecendo no meio dessa trajetória, em cada momento que a vida tentava responder às suas inquietações. Um pai que controlava a ação “cristã” de cada filho, uma doutrina que afastava o corpo e a mente dos seus desejos particulares, e até mesmos as descobertas sexuais fizeram brotar feridas de culpa, vergonha e medo durante o período que ainda frequentava a igreja. Com o tempo, este corpo descobre na arte a libertação e o caminho para expurgar esses medos; na literatura, no cinema, na música e no teatro via a vida passar pela frente dos meus olhos e identificava, encontrava histórias como a minha, os conflitos e as dores parecidos, corpos que lutavam para sobreviver aos maus-tratos dessa normatividade cotidiana opressora, corpos “infames” como o meu. Assim, as cicatrizes de um Corpo Infame passam a fazer parte dessa narrativa, onde o elemento escrito e encenando ilustram muitas vidas, não apenas a minha.

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