O ser renal crônico: percepções sobre a doença e o transplante renal

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Data

01-01-2016

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MOURA, Adriana Alaide Alves; OLIVEIRA, Laís Evangelista de. O ser renal crônico: percepções sobre a doença e o transplante renal. Orientadora: Esleane Vilela Vasconcelos. 2016. 68 f. Trabalho de Curso (Bacharelado em Enfermagem) - Faculdade de Enfermagem, Instituto de Ciências da Saúde, Universidade Federal do Pará, Belém, 2016. Disponível em: https://bdm.ufpa.br:8443/jspui/handle/prefix/2051. Acesso em:.
Essa pesquisa tem como objetivo apresentar as percepções dos pacientes com diagnóstico de Doença Renal Crônica (DRC) sobre a doença e o transplante renal, analisando as suas implicações no seu cotidiano. Trata-se de uma pesquisa descritiva com abordagem qualitativa. O cenário do estudo ocorreu no setor de hemodiálise do Hospital Ophir Loyola (HOL) localizado na Região Metropolitana de Belém do Pará. Os participantes da pesquisa foram 11 pacientes renais crônicos em tratamento dialítico cadastrados na lista de espera pelo transplante renal do referido hospital. A seleção dos pacientes ocorreu através do método de amostra por conveniência. Foram excluídos analfabetos, pessoas com dificuldades na comunicação e psiquiátricos. A coleta de dados ocorreu no período de cinco meses no setor de hemodiálise do hospital, utilizando-se a técnica de entrevista semi-estruturada. Dados socioeconômicos também foram disponibilizados pelos pacientes. Como subsídio para análise dos dados coletados a técnica selecionada consistiu na Análise Temática. O presente estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética do Instituto de Ciências da Saúde da Universidade Federal do Pará sob o Parecer nº 1.398.096/2016. A partir da análise das respostas dos participantes surgiram quatro unidades temáticas: 1) Sentimentos diante do diagnóstico de DRC: sofrimento e aceitação; 2) O cotidiano de mudanças diante da doença e tratamento; 3) As duas faces do transplante renal e 4) A esperança através da espiritualidade no enfrentamento da doença renal crônica. Durante a discussão foi possível compreender as percepções do portador de DRC enquanto aguarda o transplante renal ao manifestarem sentimentos de sofrimento e aceitação no diagnóstico, o comprometimento significativo das diversas formas de atividades cotidianas refletidas pela doença e tratamento hemodialítico, a expectativa de melhoria da qualidade de vida representada pelo desvínculo da máquina junto ao restabelecimento das funções orgânicas objetivados pelo transplante e a demonstração de esperança manifesta através da espiritualidade para enfrentar a patologia durante à espera do novo tratamento. Nesse contexto é imprescindível o acompanhamento do enfermeiro na assistência humanizada ao portador da DRC para atendê-lo em todos os aspectos que demandam atenção, sejam eles físicos ou psicológicos. Por se tratar de uma doença incurável em que há instabilidade emocional, o paciente precisa ter suas dúvidas esclarecidas, suas inseguranças amenizadas, ser constantemente incentivado a seguir o tratamento hemodialítico e cabe ao enfermeiro junto a equipe multiprofissional traçar estratégias para que todas as etapas da espera que se sucedem até o transplante sejam vivenciadas com maior qualidade.

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