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Navegando Faculdade de Geologia - FAGEO/IG por Orientador "GORAYEB, Paulo Sergio de Sousa"
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Trabalho de Curso - Graduação - Monografia Acesso aberto (Open Access) Os basaltos de fundo oceânico e rochas associadas da Região sul da Serra do Tapa - Cinturão Araguaia, sudeste do Pará(2013-04-10) BARROS, Luisa Dias; GORAYEB, Paulo Sergio de Sousa; http://lattes.cnpq.br/4309934026092502No norte do Cinturão Araguaia, na região conhecida como Serra Tapa, nos municípios de Sapucaia e Xinguara, sudeste do Estado do Pará próximo à divisa com o Estado do Tocantins, estão expostos um dos maiores corpos mafico-ultramáficos alongados na direção N-S, que compreende fragmentos preservados da litosfera oceânica do Neoproterozoico do Cinturão Araguaia. A Associação Serra do Tapa é constituída por um conjunto de rochas que compreendem metabasaltos com marcantes estruturas em almofadas, associados com formações ferríferas bandadas, metacherts, silexitos ricos em hematita e/ou magnetita além de metaperidotitos/dunitos serpentinizados, embutidos tectonicamente nas rochas metassedimentares de baixo grau metamórfico, pertencentes ao Grupo Tocantins. A associação dessas rochas é mundialmente interpretada como representação de assoalhos oceânicos e porções do manto superior, denominados de ofiolitos. A partir da descoberta desses corpos no Cinturão Araguaia, a pesquisa abordou quatro ocorrências de metabasaltos almofadados com rochas metassedimentares químicas associadas. Os metabasaltos exibem estruturas em almofadas e apresentam algumas variações tipológicas aqui descritas. Trata-se de um conjunto de derrames com frentes de extravasamento de lavas em ambiente de fundo oceânico, em que posteriormente foram deformadas, transformadas em baixo grau metamórfico, que ainda preserva suas características magmáticas originais. Os basaltos almofados apresentam um zoneamento, em que o núcleo é definido por um basalto maciço de cor marrom esverdeado, afanítico, com textura intersertal composta essencialmente por cristais ripiformes de plagioclásio, clinopiroxênio e vidro vulcânico. Basaltos hipovítreos ocupam a zona de borda de cor verde amarelada, afaníticos e apresentam texturas de resfriamento ultrarrápido como esferulitos, cristais aciculares e radiais de plagioclásio, além de texturas tipo “rabo de andorinha” e seções ocas destes cristais. Os hialoclastitos , nas zonas mais externas, representam brechas de superfícies de derrames basálticos. Finalmente, vidros basalticoss constituem a superfície dos derrames (zona interalmofada) de cor verde escura. Essas rochas ocorrem como camadas e corpos alongados preferencialmente na direção NE-SW com mergulhos suaves para ESE. Os basaltos estão fracamente metamorfisados e a paragênese (Ab + Act + Cl + Ep ± Stp) foi estabilizada em condições da fácies xisto-verde. Estudos mineralógicos complementares de difração de raios-X e MEV foram feitos a fim de caracterizar melhor os minerais constituintes dessas rochas. As formações ferríferas bandadas, caracterizadas como jaspilitos e cherts correspondem à unidade sedimentar química de ambiente oceânico marinho profundo, constituindo a porção superior desta suíte ofiolítica e apresentam porções recristalizadas indicando, também, que foram metamorfisadas. Estas rochas ainda preservam suas estruturas sedimentares primárias como bandamento e laminações plano-paralelas compostas por jaspe ou chert e hematita. Os estudos petrográficos, geoquímica dos basaltos e uso de diagramas geoquímicos revelam a natureza dessas rochas que permitem interpretar como um magmatismo oceânico tipo N-MORB. Considerando os dados de campo, petrográficos, litoquímica e o conhecimento acumulado na literatura sobre estes corpos conclui-se que estes basaltos em associação com peridotitos serpentinizados, jaspilitos e cherts representam frações de uma litosfera oceânica antiga representando um ambiente de fundo oceânico onde se desenvolveu um vulcanismo exalativo e extrusões submarinas de um magma basáltico toleítico durante o estágio inicial de oceanização da Bacia Araguaia, durante o Neoproterozoico. Posteriormente foi obductada e fracamente metamorfisada durante processos de inversão do Cinturão Araguaia, ao longo de zonas de cavalgamento com transporte em direção ao Cráton Amazônico.Trabalho de Curso - Graduação - Monografia Acesso aberto (Open Access) Caracterização geológica, petrográfica e geoquímica das rochas máficas da região de Tangará da Serra - MT(2017-09-22) PINA NETO, Acacio Nunes de; GORAYEB, Paulo Sergio de Sousa; http://lattes.cnpq.br/4309934026092502As rochas máficas da região de Tangará da Serra, sudoeste do estado do Mato Grosso, distante cerca de 250 km de Cuiabá, compreendem derrames de basaltos de caráter fissural, sills e diques de olivina diabásio e diabásio associados a arenitos e rochas calcárias do Grupo Araras, Parecis e Alto Paraguai. As espessuras dessas rochas máficas variam de 15 a 310 m e são conhecidas na literatura como rochas vulcânicas basálticas da Formação Tapirapuã, posicionada no limite Jurássico-Triássico. Os levantamentos de campo e a análise petrográfica permitiram a descrição e caracterização das rochas máficas e suas encaixantes (arenitos e calcários), e foram caracterizados como basaltos e diabásios representados por derrames e sills, respectivamente, além de raros diques de diabásios. Os basaltos exibem granulação fina, cor cinza-chumbo com textura afanítica e isotrópica. Microscopicamente, exibem textura porfirítica com matriz intersertal e intergranular, além de amigdaloidal. São constituídos essencialmente por plagioclásio, clinopiroxênio (augita) e ortopiroxênio (enstatita). Alguns fenocristais de plagioclásio euédricos e subédricos mostram-se zonados concentricamente enquanto outros, na matriz, exibem hábito acicular, esqueletais e com terminações tipo “rabo de andorinha” associados com vidro, característico de resfriamento ultrarápido. Na matriz encontra-se um material criptocristalino de coloração esverdeada, minerais opacos e vidro que ocorrem intersticialmente às ripas de plagioclásio e piroxênio. Os olivina diabásios, com granulação média, exibem textura predominantemente intergranular e são constituídos essencialmente por plagioclásio, olivina e piroxênio. O plagioclásio é do tipo labradorita (An60), são ripiformes e mostram maclamento albita e albita-calrsbad. Dentre os piroxênios, reconhece-se a augita, em maior proporção modal e enstatita. Enquanto que os diabásios, sem olivina, são texturalmente semelhantes aos olivina diabásios e encontram-se bastante alterados. A caracterização de alguns minerais de difícil identificação por meios ópticos como os minerais opacos, e aqueles oriundos de alteração, bem como os materiais das amigdalas nos basaltos foi realizada por meio da análise em microscópio eletrônico de varredura. Com esta técnica foram imageados e caracterizados quimicamente minerais como plagioclásio, augita e titanomagnetita nos basaltos. Nos olivina diabásios foram identificados augita, plagioclásio, forsterita, biotita, ilmenita, pirita e badelleyita. Geoquimicamente, foi possível a identificação de três grupos composicionais distintos, condizentes com os dados petrográficos, são eles: olivina diabásios (caracterizados por baixa concentrações de SiO2, alto MgO, Al2O3e natureza subalcalina intermediária), basaltos (caracterizados por alta SiO2, menor MgO, Al2O3 e natureza toleítica) e diabásios que, relativamente, são caracterizados viii maiores concentrações de TiO2, baixa concentração de MgO, pela natureza toleítica e por estarem intemperizados. Essas rochas revelam natureza subalcalina e toleítica. A composição normativa CIPW permite classificar os olivina diabásios em olivina toleítos e os basaltos e diabásios em toleítos. Em relação aos elementos-traço, nota-se que os olivina diabásios e os basaltos são enriquecidos em elementos litófilos de raio iônico grande em relação aos elementos terras raras leves e aos elementos de elevado potencial iônico, enquanto os diabásios apresentam um comportamento anômalo dos demais. O comportamento dos ETR demonstrou um comportamento similar com padrão subhorizontal entre os litotipos estudados, com moderado fracionamento e enriquecimento em elementos terras raras leves em relação aos elementos terras raras pesados. Os olivina diabásios apresentam razões (Ce/Yb)N entre 4,9 a 4,5, (Ce/Sm)N de 1,8 a 1,7 e razões (Gd/Yb)N entre 2,1 a 2,2, além de uma discreta anomalia positiva de Eu (Eu/Eu* = 1,28 – 1,34). Enquanto os basaltos possuem razões (Ce/Yb)N entre 2,2 a 2,4, (Ce/Sm)N de 1,5 e razões (Gd/Yb)N entre 1,4 a 1,5, além de uma discreta anomalia negativa de Eu (Eu/Eu* = 0,8 – 0,9).O diabásio, por sua vez, apresenta-se mais enriquecido em elementos terras raras, menor razão (Ce/Yb)N, (Ce/Sm)N e uma discreta anomalia negativa de Eu (Eu/Eu* = 0,8).Nos diagramas de discriminação de ambiente tectônico, as amostras são comparáveis aquelas de ambiente intraplaca. A integração dos dados de campo, petrográficos, geoquímicos e comparativos permitiu interpretar que as rochas máficas da região de Tangará da Serra representam um magmatismo toleítico continental que pode ser relacionada ao magmatismo basáltico de mesma idade, como os basaltos da Formação Mosquito, na Bacia do Parnaíba; à Formação Anari, na Bacia do Parecis; ao Magmatismo Penatecaua da Bacia do Amazonas; e aos basaltos das Guianas e Oeste Africano bem como ao feixe de Diques Cassiporé no Amapá. A sua ocorrência está ligada ao regime distensivo vigente durante o Jurássico e que viria a resultar na separação do Pangea e na formação do oceano Atlântico central.Trabalho de Curso - Graduação - Monografia Acesso aberto (Open Access) Caracterização petrográfica dos basaltos da Região de Tucuruí-PA(2011) CUNHA, Rômulo Gustavo Borges da; GORAYEB, Paulo Sergio de Sousa; http://lattes.cnpq.br/4309934026092502O trabalho tem como área geográfica a região de Tucuruí no nordeste do Estado do Pará, mais especificamente a área da Usina Hidrelétrica de Tucuruí e arredores. Geologicamente faz parte do Cinturão Araguaia cuja unidade litoestratigráfica principal na área é o Grupo Tucuruí o qual compreende uma sucessão magmática-sedimentar do Neoproterozóico. O estudo tem como enfoque a caracterização geológica e petrográfica das rochas basálticas e associadas do grupo Tucuruí com objetivo de definir os litotipos, caracterizar a natureza desse magmatismo e situá-los no contexto evolutivo do Cinturão Araguaia. A análise petrográfica, envolveu descrição de amostra de mão e de lâminas delgadas sob microscopia ótica das principais rochas coletadas, análises texturais/microestruturais, caracterização de minerais essenciais, acessórios e secundários e a classificação dos litotipos. Estes estudos foram complementados por microscopia eletrônica de varredura. Com este estudo foi ampliado o conhecimento desta sucessão de derrames basálticos tão pouco estudados, porém com diversas ocorrências na referida região. Os basaltos estudados constituem uma secessão de pelo menos dois derrames intercalados aos arenitos arcosianos, tendo espessura de aproximadamente 15 m. Os estudos petrológicos revelaram três grupos petrográficos incluindo basaltos maciços, basaltos amigdaloidais e brechas de derrame. Além disso, é possível ainda, caracterizar subtipos pelas variações mineralógicas e texturais. Os basaltos maciços representam as rochas mais expressivas e ocorrem em diversas partes da área do Grupo Tucuruí. Petrograficamente os basaltos são afaníticos, de cor cinza esverdeada, homogênea e maciça e com fraturamento conchoidal. No geral apresenta textura intergranular e intersetal. Os basaltos amigdaloidais são de cor cinza escura, heterogênea, maciça, afanítica, de granulação muito fina e fratura conchoidal. Do ponto de vista textural esta rocha apresenta variação de tipos, destacando as texturas intergranular, intersetal e amigdaloidal. Na primeira, a mineralogia essencial composta de plagioclásio e clinopiroxênio, é envolvida por material vítreo, assim como os minerais opacos como acessórios e, secundariamente, epidoto e clorita. Na segunda, o clinopiroxênio preenche os espaços entre as ripas de plagioclásio, logo o arranjo se caracteriza como sendo de textura intergranular. Esta última, preferencialmente, demarca zonas superiores do derrame e caracteriza-se por apresentar amígdalas com diâmetros de dimensões entre 2 a 7 mm preenchidas por minerais de baixa temperatura (clorita, quartzo e epidoto). Os fragmentos constituintes desta brecha magmática são de arenitos e basaltos com dimensões que variam de 1 a 10 cm. Eles são bastante irregulares, onde os fragmentos angulosos do arenito estão englobados pelo basalto. Os fragmentos de arenitos são de cor cinza avermelhado escuro, granulação muito fina e fortemente brechados com veios de quartzo de dimensões milimétricas. As porções basálticas da brecha têm cor cinza escuro, afanítica, homogêneo, maciço, apresentando textura intergranular. A mineralogia essencial é composta de plagioclásio, clinopiroxênio e subordinadamente minerais opacos. Como conclusão eles representam um evento vulcânico de natureza basáltica, provavelmente toleítica do final do Neoproterozóico, que não tem correspondente conhecido na literatura do Cinturão Araguaia, e tem características totalmente diferentes dos outros magmatismos basálticos de natureza oceânica reconhecido no Cinturão Araguaia.Trabalho de Curso - Graduação - Monografia Acesso aberto (Open Access) Caracterização petrográfica e significado das rochas calcissilicáticas e carbonáticas da região de Groaíras- Ceará(2011) ARAÚJO, Ana Claudia Sodré; GORAYEB, Paulo Sergio de Sousa; http://lattes.cnpq.br/4309934026092502A região noroeste do estado do Ceará reúne uma grande variedade de rochas metamórficas orto e paraderivadas, metamorfisadas nas fácies anfibolito e granulito. O conjunto paraderivado inclui seqüências carbonáticas puras e impuras, que, genericamente, são chamadas calcissilicáticas, havendo, entretanto, grande variedade de tipos ainda desconhecidos. O principal objetivo desse trabalho é caracterizar, sob o enfoque petrográfico, as rochas carbonáticas e calcissilicáticas, com caráter metamórfico. O estudo estará apoiado nos vários mapeamentos dos estágios de campo II (Groaíras, Cariré e Sobral), que identificaram unidades com rochas calcissilicáticas e carbonáticas disponibilizando uma grande quantidade de amostras no acervo da Universidade Federal do Pará (UFPA). Por essas razões e devido à carência de estudos na literatura geológica desses tipos de rocha, a caracterização das mesmas levará a melhor compreensão do significado dessas rochas no contexto geológico à que elas se encontram e contribuirá para o entendimento da evolução geológica da região.Trabalho de Curso - Graduação - Monografia Acesso aberto (Open Access) Geocronologia e Petrografia da porção nordeste do Granito Chaval - Noroeste da Província Borborema(2013) NOGUEIRA, Bruna Karine Correa; GORAYEB, Paulo Sergio de Sousa; http://lattes.cnpq.br/4309934026092502A região noroeste da Província Borborema é conhecida pela diversidade da granitogênese, seja de suas naturezas cronológica ou tectônicas, elevando a importância desses eventos magmáticos no contexto regional, produzindo terrenos metamórfico-magmáticos de alta complexidade, representando estágios avançados de geração de magmas durante processos deformacionais antigos. O evento Brasiliano nesse contexto é de valiosa importância devido seu domínio regional afetando toda a Província Borborema com continuidade para o continente africano (evento Pan-Africano). Sua evolução em relação às mudanças geotectônicas globais, que envolvem colagens de continentes, fechamento de oceanos, formação de orógenos, assim como uma sucessão de pulsos magmáticos que se estenderam durante todo o evento, formando grandes suítes migmatítica-graníticas, marcando vários episódios de deformação e injeção de magmas. Sendo assim, com os estudos geocronológicos busca-se melhor entendimento desses eventos magmáticos, sua temporização e contextualização na formação das unidades litológicas que compõem o atual quadro do noroeste da Província Borborema. O Granito Chaval localizado no extremo noroeste da Província Borborema é um exemplo de pluton que necessitava de uma revisão de dados em razão da discrepância de valores de idades existentes na literatura, e aplicações de métodos geocronológicos mais precisos de estudo o que foi feito neste trabalho, com os novos dados foi possível também fazer um estudo comparativo com outros corpos graníticos melhor conhecidos nesta região e discutir o significado das idades existentes e contextualiza-las na evolução do NW da Província Borborema. Estudos geocronológicos anteriores obtiveram idades variadas (1.990 ± 18Ma, 591 ± 10 e 507 ± 27 Ma), deixando assim uma incerteza sobre a idade real de colocação do Granito Chaval. Este trabalho na forma de um TCC objetivou a determinação da idade do Granito Chaval, através de técnicas e métodos mais precisos de datação, como é o caso do método Pb-Pb em zircão. A idade de cristalização obtida resultou no valor de idade média de 633 ± 3,3 Ma, demonstrando que a cristalização Granito Chaval aconteceu no final do Neoproterozoico, e que não pode ser incluído na Suíte Intrusiva Meruoca, que apresenta idades de aproximadamente 523 Ma, e que é considerado um magmatismo pós-tectônico em relação à orogenia Brasiliana. Por outro lado idades mais antigas, como os dos granitos do Complexo Tamboril Santa Quitéria que variam de 664.8 ± 5.2 Ma a 623.9 ± 1.3 Ma que podem ser relacionados com Granito Chaval definindo assim que o mesmo está relacionado com um magmatismo sin a tardi-tectônico em relação à orogenia Brasiliana.Trabalho de Curso - Graduação - Monografia Acesso aberto (Open Access) Geologia estrutural e microestrutural da zona de cisalhamento Campo Lindo – Cariré (CE): lineamento Transbrasiliano(2019-03-27) FERREIRA, Dominique de Paula Amaral; DOMINGOS, Fábio Henrique Garcia; http://lattes.cnpq.br/3975188208099791; GORAYEB, Paulo Sergio de Sousa; http://lattes.cnpq.br/4309934026092502O Lineamento Transbrasiliano é um elemento tectono-estrutural caracterizado por um sistema transcorrente de expressão transcontinental que ocorre desde o Paraguai e Argentina, atravessa grande parte do Brasil, e tem continuidade para o continente africano, com aproximadamente 4.000 km de comprimento e foi formado durante o final do Neoproterozoico, pela amalgamação de diversas massas continentais e microcontinentes. Na Província Borborema, o Lineamento Sobral-Pedro II constitui uma importante feição morfoestrutural com direção N38E, sendo um importante segmento do LTB que separa os domínios Médio Coreaú e Ceará Central. Os estudos estruturais, microestruturais e petrográficos realizados permitiram identificar diferentes tipos de rochas, como granulitos, ortognaisses, paragnaisses, micaxistos e granitoides de composição variada que são recortados por essa estrutura, onde foliações de ângulos de mergulho baixos a moderados foram transpostos por foliações miloníticas de alto ângulo de mergulho com lineação de estiramento mineral sub-horizontal. As principais feições microestruturais identificadas, além da foliação milonítica anastomosada, são estruturas de núcleo-e-manto, porfiroclastos do tipo σ e δ, bandas de cisalhamento do tipo S-C‟, estruturas tipo fish, porfiroclastos fragmentados tipo dominó, e aspectos relacionados a recristalização de quartzo e feldspatos por mecanismos BLG (Bulging) de baixa temperatura, SGR (Subgrain Rotation) e GBM (High-Temperature Grain Boundary Migration) de alta temperatura. Os indicadores de sentido de cisalhamento em escala mesoscópica e microscópica concordam para uma cinemática destral predominante. As rochas apresentam paragêneses que apontam condições de fácies anfibolito de alta temperatura a granulito, transformados em condições de fácies anfibolito médio a alto durante o metamorfismo dinâmico, gerando milonitos de médio grau e alto grau.Trabalho de Curso - Graduação - Monografia Acesso aberto (Open Access) Metamorfismo das rochas de alto grau do complexo Tartarugal Grande, região de Ferreira Gomes – Amapá(2016) RODRIGUES, Paulo Ronny Soares; GORAYEB, Paulo Sergio de Sousa; http://lattes.cnpq.br/4309934026092502A região do Complexo Tartarugal Grande (CTG) situada na porção centro-leste do estado do Amapá, corresponde a um segmento crustal constituído por uma assembleia de rochas de alto grau metamórfico, dentre os quais, granulitos félsicos, máficos e leucognaisses. Os granulitos félsicos podem ser classificados como granulitos charnockíticos, charnoenderbíticos, enderbíticos e microclina charnockitos, enquanto os leucognaisses podem ser ricos em granada ou cordierita. As rochas de alto grau metamórfico do CTG apresentam principalmente textura granoblástica, com preservação em alguns casos de textura reliquiar ígnea. Microclinas micropertíticas são comuns, e por vezes até mesopertíticas. As microestruturas deformacionais do CTG incluem tanto deformações dúcteis como rúpteis, como extinção ondulante, maclamento deformado, feições de exsolução e microfraturas. Os processos deformacionais atuantes com o avanço do metamorfismo envolvem recristalização dinâmica com migração de bordas de grão e formação de sub-grãos. A influência das zonas de cisalhamento regionais, estão registradas principalmente nos leucognaisses e são responsáveis pela formação de textura milonítica e subgrãos ao longo dos porfiroclastos de microclina. As condições de pico metamórfico para as rochas do CTG estão entre 800 e 850 °C e 6 a 8 Kbars e são compatíveis com o campo de estabilidade da associação cordierita + granada + quartzo + microclina presente nos leucognaisses e quartzo + ortopiroxênio + granada presentes nos granulitos félsicos. Os granulitos máficos possuem uma paragênese composta por ortopiroxênio + clinopiroxênio + plagioclásio + hornblenda e a ausência de olivina sugere condições de pico metamórfico inferior a 850 °C. O retrometamorfismo é comum na maioria das rochas do CTG e evidenciado pelas reações de quebra da granada para formação de biotita e quartzo e do ortopiroxênio para formação da hornblenda.Trabalho de Curso - Graduação - Monografia Acesso aberto (Open Access) Metamorfismo das rochas máficas das regiões da serra do Tapa, Arapoema/Pau D’Arco, Juarina e Araguacema, Cinturão(2016) CRUZ, Danilo José do Nascimento; GORAYEB, Paulo Sergio de Sousa; http://lattes.cnpq.br/4309934026092502Suítes ofiolíticas encontradas no Cinturão Araguaia, unidade geotectônica do Neoproterozóico, vêm sendo caracterizadas ao longo dos anos por pesquisadores do Grupo de Pesquisa “Petrologia e Evolução Crustal”/CNPq-UFPA. Uma vez que havia uma carência de estudos com abordagem do ponto de vista metamórfico, o presente trabalho estudou as rochas máficas pertencentes aos corpos ofiolíticos das regiões da Serra do Tapa, Arapoema/Pau D’Arco/Juarina e Araguacema com o fim de identificar as transformações metamórficas e classificá-las em termos de fácies e condições de pressão e temperatura. Iniciou-se o trabalho com uma pesquisa bibliográfica, após, um levantamento dos materiais referentes às quatro áreas-alvo de estudo, incluindo lâminas delgadas, e depois, o levantamento de bases cartográficas e geológicas. A partir da análise petrográfica e mineralógica dessas rochas, foi possível identificar metabasaltos hipovítreos para a região da Serra do Tapa contendo uma paragênese composta por Act + Ep + Ab + Chl; metabasaltos hipovítreos para a região de Arapoema/Pau D’Arco com um paragênese constituída por Ab + Ep + Chl; metabasaltos hipocristalinos para a região de Juarina com uma paragênese formada por Act + Ep + Ab+ Chl + Bt + Mt; e, por fim, em Araguacema, encontrou-se os litotipos basalto hipovítreo e metabasalto com fragmentos líticos, este último contendo uma paragênese composta por Ep + Ab + Chl + Ser ± Qtz. A partir das associações obtidas, foi possível confirmar a atuação do metamorfismo nas áreas-alvo. Estimou-se condições metamórficas na fácies xisto verde inferior, com temperaturas entre 250 e 300°C e pressões abaixo de 4 kb para as regiões da Serra do Tapa, Arapoema/Pau D’Arco e Araguacema; e na fácies xisto verde superior (zona da biotita), com temperaturas de aproximadamente 400ºC e mesmas condições de pressões para a região de Juarina. A análise microestrutural evidenciou a presença de microtexturas causadas por deformação rúptil por fluxo cataclástico e por deformação dúctil por plasticidade cristalina. Com a junção e interpretação de todos esses dados, percebeu-se que as condições metamórficas e o nível de deformação nos metabasaltos aumentam de oeste para leste, o que está de acordo com a literatura científica acerca do metamorfismo regional que afeta o Cinturão Araguaia.Trabalho de Curso - Graduação - Monografia Acesso aberto (Open Access) Petrografia e geoquímica dos granitos pedra do sal e jurema, Parnaíba – Piauí(2015) ARAGÃO, Arthur Jeronimo Santana; GORAYEB, Paulo Sergio de Sousa; http://lattes.cnpq.br/4309934026092502A região costeira do Estado do Piauí é composta por depósitos sedimentares do paleozoico da Bacia do Parnaíba. Esta região está inserida entre duas grandes unidades geológicas/geotectônicas importantes, que são, a Província Borborema o fragmento cratônico São Luís. A oeste da área está localizado o fragmento cratônico São Luís, que é formado por rochas granitóides e sequências metavulcanosedimentares do Paleoproterozoico, expostas em janelas erosivas e tectônicas em meio a rochas sedimentares. O fragmento cratônico São Luís é margeado pelo Cinturão Gurupi do Neoproterozoico. Já a leste da área encontra-se a Província Borborema, caracterizada pela complexidade e variedade de rochas metamórficas, ígneas e sedimentares, que representam importantes marcadores temporais de processos geológicos de várias naturezas e tipos. Neste trabalho foram estudados os granitos Pedra do Sal e Jurema, que são corpos isolados pela cobertura de rochas sedimentares da região, e expostos através de janelas erosivas. Do ponto de vista petrográfico, o Granito Pedra do Sal foi descrito como uma rocha fanerítica de granulação grossa, textura granítica, e classificada como biotita-hornblenda monzogranito, e possuindo, ainda, faixa milonítica que modificou a trama de forma local. Já o Granito Jurema é petrograficamente descrito como uma rocha fanerítica de granulação média, e textura granítica com deformação acentuada, e classificada como muscovita-biotita microsienogranito. Quanto aos aspectos geoquímicos, o Granito Pedra do Sal mostrou-se metaluminoso, do tipo I, com assinatura geoquímica de ambiente tectônico de intraplaca tardi-orogênico, enquanto o Granito Jurema é peraluminoso do tipo S, formado em ambiente arco magmático sin-colisional, e ambos apresentaram assinaturas de ETR’s com moderado a forte fracionamento, mais acentuado nos leve (TRL) e suave anomalia em európio. Em termos conclusivos os dois granitos não apresentam semelhanças significativas para correlaciona-los, e também divergem nos aspectos petrográficos do Granito Chaval, que é o granito de maior relevância que aflora na região, entretanto, mostram-se semelhantes nos aspectos petrográficos e geoquímicos aos granitos do fragmento cratônico São Luís e Cinturão Gurupi, como o Granito Negro Velha, que é um monzogranito com anfibólio e biotita, metaluminoso do tipo I, formado em ambiente tarde tectônico, e granitos a duas micas, peraluminosos tipo S da Suíte Tracuateua que se assemelham ao Granito Jurema.Trabalho de Curso - Graduação - Monografia Acesso aberto (Open Access) Petrografia e microestruturas do anortosito carreira comprida - Porto Nacional, TO(2019-12-05) PONTES, Gabriel Silva de Araújo; GORAYEB, Paulo Sergio de Sousa; http://lattes.cnpq.br/4309934026092502Este trabalho apresenta os dados petrográficos e microestruturais do Anortosito Carreira Comprida, localizado na região de Porto Nacional – Brejinho de Nazaré (TO), na porção norte da Província Tocantins e inserido no Maciço de Goiás, entre os cinturões Araguaia e Brasília. O trabalho tem como objetivo identificar os efeitos do metamorfismo neste corpo anortosítico e descrever as transformações mineralógicas, texturais e microestruturais presentes no plúton, a fim de identificar as condições metamórficas e as transformações estruturais/microestruturais relacionadas aos efeitos da deformação promovida pelo cisalhamento ao longo do Lineamento Transbrasiliano. O trabalho inicia-se a partir do levantamento de dados cartográficos e bibliográficos referentes ao conhecimento geológico da Província Tocantins, terrenos metamórficos de alto grau de Porto Nacional e o Anortosito Carreira Comprida. Os trabalhos de campo foram realizados com coleta de amostras representativas da unidade para estudos petrográficos. A partir dos dados petrográficos e microestruturais obtidos, foi possível classificar o corpo anortosítico em três grupos petrográficos distintos segundo as paragêneses e feições microestruturais dominantes: a) Anortositos com feições magmáticas preservadas (Plg + Cpx + Ilm); b) meta-anortositos (Plg + Cpx + Hbl + Bt + Grt + Ttn); e c) anortositos miloníticos (Plg + Hbl + Bt + Grt + Ttn). A presença de uma assembleia mineral de origem metamórfica define o Anortosito Carreira Comprida como um meta-anortosito. As associações mineralógicas obtidas revelam condições de fácies anfibolito, com temperaturas variando entre 600 a 700°C sob condições de média a alta pressão. O domínio petrográfico “a)” apresenta feições magmáticas cumuláticas mais bem preservadas, não tendo cristais hornblenda e biotita em sua composição, o que demonstra condições metamórficas inferiores para este tipo petrográfico. A análise microestrutural evidenciou a presença de microtexturas causadas por deformação sob condições de regime dúctil. A interpretação dos dados obtidos indica a variação entre as condições metamórficas e o nível de deformação nos meta-anortositos, com a deformação ocorrendo mais intensamente nos anortositos milonitizados situados na porção leste do plúton, afetados pela Zona de Cisalhamento Porto Nacional.Trabalho de Curso - Graduação - Monografia Acesso aberto (Open Access) Petrografia, litoquímica e geocronologia do granito do pajé: um estudo comparativo com os granitóides da suíte intrusiva meruoca, região noroeste do Ceará(2012) NASCIMENTO, Yuri Ewerton Silva; MOURA, Cândido Augusto Veloso; http://lattes.cnpq.br/1035254156384979; GORAYEB, Paulo Sergio de Sousa; http://lattes.cnpq.br/4309934026092502A região noroeste da Província Borborema é conhecida, do ponto de vista geológico, pela diversidade de corpos graníticos seja de natureza do magmatismo, seja da cronologia e importância desses eventos magmáticos no contexto regional, produzindo terrenos metamórfico-magmáticos de alta complexidade, representando estágios avançados de geração de magmas durante processos deformacionais antigos. Nesse contexto, o evento Brasiliano é de suma importância, por conta de seu domínio regional que afetou toda a Província Borborema, sua evolução em relação às mudanças geotectônicas globais, que envolvem colagens de continentes, formação de orógenos, fechamento de oceanos, assim como uma sucessão de pulsos magmáticos que se estenderam durante todo o evento, formando grandes suítes migmatítica-graníticas, marcando vários episódios de deformação e injeção de magmas. A partir do avanço do conhecimento da região noroeste do Estado do Ceará com os dados apresentados e de pesquisas mais recentes, como análises químicas, análises geocronológicas em corpos graníticos conhecidos, busca-se o melhor entendimento desses eventos magmáticos, sua temporização e contextualização na formação das unidades litológicas que compõem o atual quadro do noroeste da Província Borborema. Nesse sentido, o Granito do Pajé é um exemplo que necessitava de uma revisão/confirmação de dados, através de métodos geocronológicos mais precisos de estudo, os quais foram usados também para um estudo comparativo com outros corpos graníticos melhor conhecidos nesta região. Estudos geocronológicos anteriores realizados atráves do método Rb-Sr em rocha total, obtiveram idade de 537±21 Ma para o Granito do Pajé. Como se sabe, o método Rb-Sr tem limitações em seu uso quando se busca eventos de litogênese em áreas complexas e tem sido utilizado mais comumente para datar os últimos eventos termais, devido à falta de precisão provocada por diversos fatores, provocando resultados insatisfatórios ou valores duvidosos quanto à idade de cristalização da rocha. Este trabalho na forma de um TCC objetivou a determinação da idade do Granito do Pajé, através de técnicas e métodos mais precisos de datação, como é o caso do método Pb-Pb, além de análises petrográficas e reforçando suas características, um estudo das suas relações de contato com as rochas do embasamento. Além disso foram realizadas análises isotópicas Sm-Nd para discutir as fontes de geração desse granito. A idade de cristalização obtida através do método Pb-Pb em zircão foi de 528.9 ± 3.7 Ma, demonstrando que a cristalização Granito do Pajé aconteceu no final do Neoproterozóico, início do Paleozóico, e pode ser incluído na Suíte Intrusiva Meruoca, atribuindo-lhe assim, o mesmo tipo de contexto geotectônico de geração e posicionamento crustal, aos principais representantes desta granitogênese como os granitos Meruoca, Mucambo e Serra da Barriga. O método Sm-Nd foi aplicado em duas amostras do Granito do Pajé e os resultados para a amostra 2011/PAJÉ-03 com idade modelo de 1,99 Ga e com valor de εNd (530 Ma) = –11,90; e para a amostra 2011/PAJÉ-02 com idade modelo de 1,79 Ga e com valor de εNd (530 Ma) = – 9,11. Valores negativos sugerem contribuição crustal no magma gerador dessas rochas graníticas e a idade modelo indica a idade do protolito ígneo, ou seja o magma fonte, que deu origem a essas rochas.