Caracterização petrográfica dos basaltos da Região de Tucuruí-PA

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01-01-2011

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CUNHA, Rômulo Gustavo Borges da. Caracterização petrográfica dos basaltos da Região de Tucuruí-PA. Orientador: Paulo Sergio de Sousa Gorayeb. 2011. 77 f. Trabalho de Curso (Bacharelado em Geologia) - Faculdade de Geologia, Instituto de Geociências, Universidade Federal do Pará, Belém, 2011. Disponível em: http://bdm.ufpa.br/jspui/handle/prefix/1811. Acesso em:.
O trabalho tem como área geográfica a região de Tucuruí no nordeste do Estado do Pará, mais especificamente a área da Usina Hidrelétrica de Tucuruí e arredores. Geologicamente faz parte do Cinturão Araguaia cuja unidade litoestratigráfica principal na área é o Grupo Tucuruí o qual compreende uma sucessão magmática-sedimentar do Neoproterozóico. O estudo tem como enfoque a caracterização geológica e petrográfica das rochas basálticas e associadas do grupo Tucuruí com objetivo de definir os litotipos, caracterizar a natureza desse magmatismo e situá-los no contexto evolutivo do Cinturão Araguaia. A análise petrográfica, envolveu descrição de amostra de mão e de lâminas delgadas sob microscopia ótica das principais rochas coletadas, análises texturais/microestruturais, caracterização de minerais essenciais, acessórios e secundários e a classificação dos litotipos. Estes estudos foram complementados por microscopia eletrônica de varredura. Com este estudo foi ampliado o conhecimento desta sucessão de derrames basálticos tão pouco estudados, porém com diversas ocorrências na referida região. Os basaltos estudados constituem uma secessão de pelo menos dois derrames intercalados aos arenitos arcosianos, tendo espessura de aproximadamente 15 m. Os estudos petrológicos revelaram três grupos petrográficos incluindo basaltos maciços, basaltos amigdaloidais e brechas de derrame. Além disso, é possível ainda, caracterizar subtipos pelas variações mineralógicas e texturais. Os basaltos maciços representam as rochas mais expressivas e ocorrem em diversas partes da área do Grupo Tucuruí. Petrograficamente os basaltos são afaníticos, de cor cinza esverdeada, homogênea e maciça e com fraturamento conchoidal. No geral apresenta textura intergranular e intersetal. Os basaltos amigdaloidais são de cor cinza escura, heterogênea, maciça, afanítica, de granulação muito fina e fratura conchoidal. Do ponto de vista textural esta rocha apresenta variação de tipos, destacando as texturas intergranular, intersetal e amigdaloidal. Na primeira, a mineralogia essencial composta de plagioclásio e clinopiroxênio, é envolvida por material vítreo, assim como os minerais opacos como acessórios e, secundariamente, epidoto e clorita. Na segunda, o clinopiroxênio preenche os espaços entre as ripas de plagioclásio, logo o arranjo se caracteriza como sendo de textura intergranular. Esta última, preferencialmente, demarca zonas superiores do derrame e caracteriza-se por apresentar amígdalas com diâmetros de dimensões entre 2 a 7 mm preenchidas por minerais de baixa temperatura (clorita, quartzo e epidoto). Os fragmentos constituintes desta brecha magmática são de arenitos e basaltos com dimensões que variam de 1 a 10 cm. Eles são bastante irregulares, onde os fragmentos angulosos do arenito estão englobados pelo basalto. Os fragmentos de arenitos são de cor cinza avermelhado escuro, granulação muito fina e fortemente brechados com veios de quartzo de dimensões milimétricas. As porções basálticas da brecha têm cor cinza escuro, afanítica, homogêneo, maciço, apresentando textura intergranular. A mineralogia essencial é composta de plagioclásio, clinopiroxênio e subordinadamente minerais opacos. Como conclusão eles representam um evento vulcânico de natureza basáltica, provavelmente toleítica do final do Neoproterozóico, que não tem correspondente conhecido na literatura do Cinturão Araguaia, e tem características totalmente diferentes dos outros magmatismos basálticos de natureza oceânica reconhecido no Cinturão Araguaia.

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