Faculdade de Língua Portuguesa - CCAST
URI Permanente para esta coleção
Navegar
Navegando Faculdade de Língua Portuguesa - CCAST por Orientador "MOREIRA, Alex Santos"
Agora exibindo 1 - 1 de 1
Resultados por página
Opções de Ordenação
Trabalho de Curso - Graduação - Monografia Acesso aberto (Open Access) Território entremeado: espaços da memória e travessias identitárias em Ponte do galo e Órfãos do Eldorado(2018-03-26) BONFIM, Maissa Taís da Silva; MOREIRA, Alex Santos; http://lattes.cnpq.br/2578091616234286No presente trabalho, objetivamos fazer uma análise sobre os processos de formação identitária na Amazônia, a partir do estudo comparativo das obras Ponte do Galo (1971), de Dalcídio Jurandir e Órfãos do Eldorado (2008), de Milton Hatoum. Para tanto, com o enlace temático entre memória e identidade, pretendemos mostrar como as relações e deslocamentos dos sujeitos-protagonistas dessas narrativas refletem um território amazônico plural e heterogêneo. Conscientes da existência de uma tradição literária de representação amazônica, apoiamo-nos em pesquisadores como Ana Pizarro (2012), Marli Furtado (2002), Edilson Pantoja (2006), José Alonso Freire (2006), Maria Zilda Cury (2007), dentre outros, com o objetivo de entendermos como as obras de Dalcídio Jurandir e Milton Hatoum se deslocam na contramão dessa lógica, desestabilizando conceitos associados a uma noção de identidade plena e una. Propomos ainda, a partir da perspectiva teórica de Stuart Hall, em seu livro A identidade cultural na pósmodernidade (2015), uma leitura da construção das identidades das personagens nas narrativas que, articulada a uma dimensão subjetiva temporal desses sujeitos, são sempre postas em questão. Tendo em vista a noção destacada por Hall de uma crise dos valores identitários, cujos referenciais encontram-se em processo de fragmentação, entendemos que tanto Jurandir quanto Hatoum, não somente reconstroem marcas identitárias locais, como também esfacelam essas marcas mediante a condição em que se colocam suas personagens, como sujeitos descentrados, tal qual se observa no contexto da pós-modernidade.