Faculdade de Ciências Sociais - FACS/IFCH
URI Permanente para esta coleção
Navegar
Navegando Faculdade de Ciências Sociais - FACS/IFCH por Orientador "SILVA, Vergas Vitória Andrade da"
Agora exibindo 1 - 2 de 2
Resultados por página
Opções de Ordenação
Trabalho de Curso - Graduação - Monografia Acesso aberto (Open Access) Inclusão e interações sociais de estudantes com TEA: um estudo comparativo de diretrizes nacionais, estaduais e locais(2025-07-03) BATISTA, Jhonatas Almeida; SILVA, Vergas Vitória Andrade da; http://lattes.cnpq.br/8909456290073930; https://orcid.org/0000-0002-3730-5938A construção de uma educação verdadeiramente inclusiva permanece como um dos maiores desafios das redes de ensino no Brasil. Nesse contexto, documentos normativos como a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), o Documento Curricular do Estado do Pará (DCE-PA), o Projeto Político-Pedagógico (PPP) da rede estadual e municipal e o Plano Municipal de Educação de Belém estabelecem diretrizes gerais voltadas à inclusão. Contudo, embora valorizem as singularidades dos estudantes, esses documentos apresentam lacunas importantes, especialmente no que se refere à identificação e ao acompanhamento de fenômenos como o masking, bem como à definição de estratégias para a mediação das interações sociais no ambiente escolar. Este trabalho teve como objetivo analisar, de forma comparativa, como esses cinco documentos contribuem ou limitam as interações sociais e a inclusão de estudantes com Transtorno do Espectro Autista (TEA). A pesquisa adotou uma abordagem qualitativa, de caráter documental, baseada na seleção e catalogação dos materiais, na identificação de unidades de registro com termos-chave (“TEA”, “autismo”, “inclusão”, “masking”, “interação social”), na codificação temática e na elaboração de matrizes comparativas para organização das informações. Os resultados evidenciam que, embora todos os documentos reiterem o compromisso com a inclusão e a valorização das diferenças, não oferecem orientações claras sobre práticas pedagógicas, mediação de interações sociais, uso de tecnologias assistivas ou formação continuada de docentes em comunicação aumentativa e acolhimento sensorial. Em âmbito municipal, o Plano de Educação apresenta avanços ao incluir metas voltadas ao atendimento de estudantes com TEA e à ampliação de salas de recursos multifuncionais; no entanto, carece de critérios técnicos para a seleção de ferramentas e para a definição de indicadores de eficácia. Conclui-se que, apesar do discurso institucional favorável à inclusão, persiste um descompasso entre os princípios normativos e as práticas efetivas, o que mantém barreiras à participação plena de estudantes autistas. Assim, torna-se urgente a reformulação das diretrizes curriculares, com a inclusão de protocolos para identificação precoce do TEA, formação docente especializada, estratégias sistemáticas de mediação social e orientações detalhadas para a implementação de tecnologias assistivas.Trabalho de Curso - Graduação - Monografia Acesso aberto (Open Access) Racismo na universidade e rendimento acadêmico: experiências e percepções de estudantes negros(as)(2025-09-02) SOUZA, Lourena Jesus de; SILVA, Vergas Vitória Andrade da; http://lattes.cnpq.br/8909456290073930; https://orcid.org/0000-0002-3730-5938Este estudo qualitativo analisa as experiências de estudantes negros(as) na Universidade Federal do Pará, com o objetivo de compreender as relações entre racismo cotidiano e rendimento acadêmico. A pesquisa fundamenta-se em autores como Silvio Almeida, Lélia Gonzalez, Carlos Hasenbalg, Zélia Amador de Deus e Pierre Bourdieu. Para a coleta de dados, foram utilizados grupos focais e entrevistas semiestruturadas, com entrevista dos selecionados por meio da técnica de amostragem em bola de neve, com posterior análise de conteúdo segundo Laurence Bardin. A investigação centrou-se em três categorias principais: “Condições de entrada, permanência e suporte acadêmico”, “Racismo estrutural e experiências de discriminação” e “Obstáculos no desempenho acadêmico”. Os resultados apontam que os(as) estudantes negros(as) enfrentam múltiplos desafios em suas condições de existência universitária, mas também constroem mecanismos de resistência e transformação, ancorados no fortalecimento do pertencimento racial e nas lutas históricas das comunidades negras. Constatou-se ainda que manifestações de racismo, tanto implícitas quanto explícitas, são sustentadas pela ausência de responsabilização institucional diante de práticas discriminatórias, bem como pela banalização e pelo não reconhecimento das desigualdades raciais nas interações sociais. Por fim, observou-se que a pressão histórica imposta por uma ordem social racialmente hierarquizada, somada à necessidade de adaptação a um habitus acadêmico distinto de suas trajetórias anteriores, gera sofrimento social aos estudantes negros(as), impactando de forma negativa seus desempenhos acadêmicos.