Padrões de co-ocorrência entre pares de espécies da ictiofauna de uma ria fluvial afogada da Amazônia Oriental

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25-01-2018

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SIQUEIRA, Alexandre Sampaio de. Padrões de co-ocorrência entre pares de espécies da ictiofauna de uma ria fluvial afogada da Amazônia Oriental. Orientadora: Solana Meneghel Boschilia. 2018. 35 f. Trabalho de Curso (Bacharelado em Oceanografia) - Faculdade de Oceanografia, Instituto de Geociências, Universidade Federal do Pará, Belém, 2018. Disponível em: http://bdm.ufpa.br/jspui/handle/prefix/851. Acesso em:.
Modelos nulos e índices de co-ocorrência vem sendo usados nas últimas décadas para a avaliação do comportamento de comunidades. Logo, o presente trabalho viabiliza a investigação de padrões de segregação entre pares de espécies a fim de representar a distribuição espacial das mesmas em uma comunidade. Para tanto, buscou-se: i) comparar o padrão de segregação dos pares de espécies dos rios e baías; ii) descrever interações de segregação, co-ocorrência e ao acaso entre os pares de espécies; iii) evidenciar a relação de um possível padrão de segregação entre pares de espécies e a guilda trófica dos mesmos; iv) investigar se os parâmetros abióticos apresentam variações significativas quanto aos períodos (seca e chuva), sendo estes: temperatura, pH, Condutividade e transparência da coluna d’água. A coleta ocorreu nos rios e baías do baixo rio Anapu, no ano de 2004 nos períodos de seca e cheia da região. A assembleia foi amostrada por meio de um conjunto de redes de espera com diferentes malhas (3 a 12 cm). Em cada ponto de amostragem foram mensuradas variáveis físico-químicas. Matrizes de presença e ausência foram criadas e aplicou-se, o índice C-Score, que mede a segregação de pares de espécies da assembleia. Quando considerando todos os locais amostrados, a comunidade mostrou-se estruturada espacialmente. Separando os locais por rios e baías, nas baías detectou-se uma distribuição espacial não aleatória da comunidade de peixes enquanto que nos rios esse padrão não foi detectado. O padrão de segregação de pares de espécies foi atribuído à evolução geológica de Caxiuanã, processos isostáticos de afogamento da ria, assim como a relação desempenhada pelas espécies na busca por recursos. Foi possível avaliar que espécies de guildas diferentes possuem interações de segregação (positivas) e de co-ocorrência (negativas). Quando houve interações ao acaso para as espécies de mesma guilda foi sinalizada a não detecção de padrão de segregação ou co-ocorrência pelo índice. Contudo, acredita-se que as espécies co-ocorrem ocupando diferentes posições na coluna d’água. Deste modo, a busca por recursos pode não ser necessariamente uma relação de competição. Apesar do baixo rio Anapu ser classificado como uma região homogênea, não apresentando grandes variações de temperatura e transparência da coluna d’água, foram encontras diferenças significativas para estes parâmetros entre os períodos de seca e cheia. Portanto, os modelos nulos associados a índices de co-ocorrência são ferramentas úteis na busca de padrões de distribuição espacial além da interpretação de análises de interações, que propicia um maior conhecimento do padrão detectado pelo C-Score.

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