Perfil clínico-epidemiológico de sífilis gestacional e congênita na região metropolitana de belém-pa no período de 2018 a 2022

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Data

15-03-2024

Orientador(es)

VAZ, Jorge Oliveira Lattes

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Tipo de acesso

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Citar como

SANTOS, Francisco Charles Silva dos; SOUZA, Kelly Karoline Marques de. Perfil clínico-epidemiológico de sífilis gestacional e congênita na região metropolitana de belém-pa no período de 2018 a 2022. Orientador: Jorge Oliveira Vaz. 2024. 55 f. Trabalho de Curso (Bacharelado em Medicina) - Faculdade de Medicina, Instituto de Ciências Medicas, Universidade Federal do Pará, Belém, 2024 Disponível em: https://bdm.ufpa.br/jspui/handle/prefix/7864. Acesso em:.
Introdução: A sífilis é uma infecção sexualmente transmissível causada pela bactéria Treponema pallidum que pode ser transmitida verticalmente e possui níveis de incidência crescentes anualmente, gerando impactos negativos para gestantes e seus conceptos, fato este observado no Brasil e no mundo. Objetivo: Descrever o perfil clínico-epidemiológico de Sífilis Gestacional e Sífilis Congênita, de 2018 a 2022, na região metropolitana de Belém, composta pelos municípios de Belém, Ananindeua, Benevides, Castanhal, Marituba, Santa Bárbara do Pará e Santa Izabel do Pará. Método: Trata-se de uma pesquisa observacional do tipo transversal com abordagem quantitativa, por meio de dados obtidos do Sistema de Agravos de Notificação e do Departamento de HIV/Aids, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente Transmissíveis. Resultados: Observou-se em todos os municípios aumento nas taxas de incidências de ambas as formas de sífilis no período analisado. Em 2022 a incidência (por mil nascidos vivos) de sífilis gestacional variou de 28,4 (Castanhal) a 57,2 (Marituba), enquanto a de sífilis congênita oscilou entre 6,4 (Castanhal) e 23,8 (Belém). Em relação a gestantes com sífilis a prevalência foi maior naquelas entre 20 e 39 anos, de cor parda, com ensino médio completo, tendo a maior parte diagnósticos ocorrido no terceiro trimestre de gestação, sendo a maior parte classificada como sífilis primária. O mesmo perfil social materno foi encontrado nos casos de sífilis congênita, e o pré-natal foi realizado em 77% das mães, porém a maioria dos diagnósticos foram feitos no momento do parto/curetagem, além do tratamento ter ocorrido de forma inadequada ou não ter sido realizado na maior parte das gestantes e de seus parceiros. Entre os recém nascidos, foram mais afetados os do sexo masculino, de cor parda, com menos de 7 dias de vida, sendo o desfecho favorável na maioria dos casos. Conclusão: Diversos fatores influenciaram no aumento da incidência de sífilis em gestantes e neonatos nos municípios avaliados, devendo-se a diversos fatores como a pandemia do Covid-19, aumento da detecção de sífilis através dos testes rápidos e tratamento inadequado/inexistente na maior parte das gestantes e seus parceiros. Os dados epidemiológicos refletem uma assistência pré-natal ainda falha, necessitando de maior aporte de ações em saúde pública direcionadas à população mais vulnerável, incluindo educação em saúde e qualificação de profissionais.

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Disponivel na internet via correio eletrônico: bibsaude@ufpa.br