Qualidade de vida de estudantes de medicina de uma universidade pública no norte do país

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13-11-2024

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SILVA, Sabinaluz Natal Malheiros da; CAMPOS, Raul Antônio Lopes Silva. Qualidade de vida de estudantes de medicina de uma universidade pública no norte do país. Orientadora: Simone Regina Souza da Silva Conde. 2024. 57 f. Trabalho de Curso (Bacharelado em Medicina) - Faculdade de Medicina, Instituto de Ciências Médicas, Universidade Federal do Pará, Belém, 2024. Disponível em: https://bdm.ufpa.br/jspui/handle/prefix/7664. Acesso em:.
Introdução: A qualidade de vida dos estudantes de medicina influencia tanto no desempenho acadêmico quanto na prática profissional com pacientes. A busca por uma formação em medicina representa um desafio abrangente que abarca tanto dimensões intelectuais quanto emocionais, exercendo um impacto direto na qualidade de vida dos estudantes. Objetivos: Investigar e analisar a qualidade de vida dos estudantes de medicina da Universidade Federal do Pará (UFPA) - Campus Belém ao longo do curso. Método: Foi realizado um estudo observacional, analítico, transversal, por meio de um questionário composto por duas partes: i) questionário sociodemográfico e, ii) questionário VERAS-Q (Qualidade de Vida do Estudante e Residente da Área da Saúde). Selecionados estudantes do curso de medicina da UFPA – Campus Belém, de todos os anos do curso, obtendo-se 509 respostas válidas. Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Instituto de Ciências da Saúde da UFPA sob o CAAE nº 66611122.4.0000. As análises estatísticas foram feitas com o auxílio do programa SPSS, versão 24.0 e em todos os testes adotou-se o nível de significância α = 5%. Resultados: Identificou-se que estudantes do sexo feminino (p = 0,00), provenientes de processos seletivos especiais ou cotas (p = 0,005), portadores de deficiência (p = 0,023) e que migraram para cursar medicina (p = 0,002) apresentaram pontuações mais baixas de qualidade de vida. Além disso, observou-se que fatores como idade mais jovem (entre 18 e 21 anos) (p = 0,043), pertencimento aos grupos étnicos negro ou pardo (p = 0,013), estar nos primeiros anos do curso ou ciclo (p = 0,027) e a falta de espiritualidade (p = 0,046) exerceram influência negativa sobre a qualidade de vida dos estudantes de medicina. Por outro lado, a presença de filhos (p = 0,034) e o estado civil de casado (p = 0,07) foram associados a uma melhoria na qualidade de vida, especialmente no aspecto psicológico. Conclusões: os resultados encontrados ressaltam a importância de políticas e práticas institucionais que promovam a inclusão, equidade e bem-estar de todos os estudantes de medicina. Portanto, para garantir um ambiente acadêmico saudável e propício ao desenvolvimento integral dos estudantes de medicina, é essencial implementar medidas que tenham como foco essas questões, criando uma cultura de apoio, respeito à diversidade e promoção do bem-estar em todas as suas dimensões, tendo como foco especial os grupos vulneráveis quanto aos piores índices de qualidade de vida.

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Disponível na Internet via correio eletrônico: bibsaude@ufpa.br