Análise dos perfis metabólico, morfométrio hepático, eletrocotiográfico e comportamental de ratas tratadas om reposição hormonal de 17β-estradiol após menopausa cirúrgica

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15-12-2023

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MATTOS, Bruna Gerrits. Análise dos perfis metabólico, morfométrio hepático, eletrocotiográfico e comportamental de ratas tratadas om reposição hormonal de 17β-estradiol após menopausa cirúrgica. Orientadora: Dielly Catrina Favacho Lopes Rêgo. 2023. 57 f. Trabalho de Curso (Bacharelado em Medicina) - Faculdade de Medicina, Instituto de Ciências da Saúde, Universidade Federal do Pará, Belém, 2023. Disponível em: https://bdm.ufpa.br/jspui/handle/prefix/7039. Acesso em: .
A perimenopausa é o período de transição para menopausa, que, por sua vez, marca o fim do período reprodutivo feminino. Nesta etapa, há diminuição sérica importante de 17β-estradiol (E2), acarretando impactos cognitivocomportamentais, metabólicos e bioquímicos que tendem a melhorar com a terapia de reposição hormonal com E2. Destarte, este trabalho objetiva ampliar o entendimento do papel da deprivação e da reposição de E2 frente à perimenopausa de ratas após menopausa cirúrgica, através de uma análise multimodal. Para isso, 68 ratas Wistar adultas (200 ± 20g e 8 semanas de idade) foram sujeitas à ooforectomia bilateral ou à cirurgia sham, e divididas em 4 grupos: a) não castrada + veículo (NC + V), b) castrada + veículo (C + V), c) castrada + fluoxetina (C + FXT) e d) castrada + 17β-estradiol (C + E2). O experimento foi dividido em duas etapas, sendo o tratamento iniciado 15 dias após as cirurgias e com duração de 28 dias. Animais veículo receberam 200 µL/dia de óleo de amendoim; aqueles do grupo FXT receberam 5 mg/kg/dia de fluoxetina e o grupo C + E2, 20 µg/dia de E2. Ao final do tratamento, os animais foram divididos em dois grupos, o primeiro destinado à análise eletrocorticográfica (ECoG) e o segundo grupo direcionado para as análises de: variação de massa e ingesta de ração, bioquímica, morfometria hepática e comportamento (labirinto em cruz elevado e teste do splash). Na ECoG, a deprivação hormonal aumentou o poder de onda delta e somente o tratamento com FXT reverteu este evento. A castração também induziu a redução de oscilações teta em comparação com o grupo intacto e somente a FXT foi capaz de reverter o quadro, mas o E2 promoveu melhora. A deprivação hormonal induziu diminuição de disparos de onda alfa, que não foi revertido pelos tratamentos. Quanto à variação de massa, ao fim do experimento, a reposição hormonal gerou menor ganho de peso em relação aos demais grupos, mesmo sem ter diminuído a ingesta de ração. Ainda, a reposição de E2 aumentou o perfil lipídico (exceto HDL) e o índice hepático em relação aos demais grupos. No comportamento, apenas o tempo de grooming foi diferente, onde os animais em deprivação hormonal passaram menos tempo se limpando que os intactos e nenhum tratamento exerceu efeito sobre esse parâmetro. Nesse sentido, sugerimos que a ooforectomia foi efetiva em causar o comportamento semelhante ao apático, possivelmente atrelado a alterações cognitivas, e que os tratamentos com FXT e E2 mostraram-se promissores na avaliação da ECoG, mas não na modulação do comportamento. Além disso, propomos mais estudos para elucidar as alterações que a terapia de reposição hormonal com E2 causou na bioquímica e na avaliação morfométrica hepática, bem como para avaliar de maneira mais direcionada a cognição dos animais.

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