Análise do perfil clínico-epidemiológico de pacientes internados por covid-no período de 2020 e 2021 em um hospital universitário.

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01-01-2022

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SANTO, Igor Moraes do Espírito; BASTOS, Thamirys Randel. Análise do perfil clínico-epidemiológico de pacientes internados por covid-19 no período de 2020 e 2021 em um hospital universitário. Orientadora: Marília de Fátima Silva Pinheiro. 2022. 40 f. Trabalho de Curso (Bacharelado em Medicina)-Faculdade de Medicina, Instituto de Ciências da Saúde, Universidade Federal do Pará, Belém, 2022. Disponível em: https://bdm.ufpa.br:8443/jspui/handle/prefix/5412. Acesso em:.
Introdução: A pandemia da COVID­19 impactou a realidade do globo no biênio 2020­2021, representando um desafio para várias esferas da vida humana. No ramo da saúde não foi diferente, sendo imprescindíveis investigações de cunho científico para melhor compreensão da história natural da doença. Objetivos: Analisar o perfil clínico e epidemiológico dos pacientes internados pela COVID­19 em um hospital universitário de referência, relacionando dados da epidemiologia, da terapêutica e dos desfechos. Método: Foi realizada coleta de dados registrados em prontuários físicos nas dependências do Hospital Universitário João de Barros Barreto (HUJBB), em Belém (PA) e posterior análise estatística utilizando­se planilhas do Excel e programas de estatística aplicada. Gráficos foram gerados pelo programa GraphPad Prism 9.3.1 e os testes foram executados nos programas GraphPad Prism 9.3.1 e BioEstat 5.4. Foi utilizado nível de significância alfa igual a 5%. Resultados: Foram estudados 90 pacientes, sendo 62,2 % referentes ao período abril/maio de 2020 e 37,7% ao mesmo período em 2021. A idade dos pacientes teve como média 57,9 ± 14,5 anos (54 – 61,8) em 2020 e 56,9 ± 13,0 anos (52,3 – 61,4) em 2021. Foi observada maior frequência de indivíduos do sexo masculino (p=0,0042), com idade entre 46 e 60 anos (p<0,0001), procedentes da Região Metropolitana de Belém (RMB). Os sinais e sintomas mais frequentes foram dispneia (94,6%), febre (92,2%) e tosse (82%). Na terapêutica, a maior frequência foi no uso de antibiótico (90,5%), seguida por glicocorticoides (74,5%), heparina profilática (80,7%). Não foram frequentes as necessidades de intubação orotraqueal (66,3%) e de internação em unidade de terapia intensiva (68,2%). O desfecho mais comum foi a alta hospitalar (70%) (p<0,0001). Os pacientes diabéticos (p<0,0319), os que precisaram de intubação orotraqueal (p<0,0001) e os que necessitaram de UTI (p<0,0005) foram os que mais evoluíram a óbito. Conclusão: Identificamos com o presente estudo que ser homem, com idade entre 46 a 60 anos e portar HAS foi a combinação epidemiológica de maior risco para desenvolver quadro de COVID­19 que necessitasse de internação. A antibioticoterapia não se mostra eficaz como tratamento da COVID­19, sendo pertinente somente seu uso racional no quadro clínico individual de cada paciente. A intubação orotraqueal mostrou­se como procedimento ligado a maus prognósticos, inclusive ao desfecho de óbito.

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