Narrativas autobiográficas: um olhar de gênero, sexualidade e heteronormatividade na escola

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26-02-2021

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SILVA, Nailson Ítalo Crispim da. Narrativas autobiográficas: um olhar de gênero, sexualidade e heteronormatividade na escola. Orientador: José de Moraes Sousa. 2021. 39 f. Trabalho de Curso (Licenciatura em Pedagogia) – Faculdade de Educação. Campus Universitário de Bragança, Universidade Federal do Pará, Bragança-PA, 2021. Disponível em: https://bdm.ufpa.br:8443/jspui/handle/prefix/3845. Acesso em: .
Esse trabalho decorre de um estudo autobiográfico sobre minhas experiências na educação básica. O objeto de estudo da pesquisa focalizou nas experiências relativas a minha construção de identidade de gênero e sexual, ocorridas no cotidiano escolar. O objetivo geral desta pesquisa foi analisar violências que enfrentei em ambientes escolares na educação básica e suas relações, com uma visão de sexualidade e gênero pautada na heteronormatividade. O trabalho adota a metodologia da pesquisa autobiográfica ao analisar episódios relevantes da minha vida alinhado ao propósito desta pesquisa, fiz uso também da pesquisa memorialística que tem como função crucial vincular conexões entre o passado e o presente, e a pesquisa narrativa, a qual possibilitou expressar minhas experiências a partir de uma perspectiva holística. Os resultados obtidos a partir das análises das narrativas demonstram como o bullying homofóbico, as desigualdades de gênero e a heteronormatividade podem interferir negativamente na aprendizagem dos alunos. No episódio 1 (O bilhete) notou-se que os professores devem ser capacitados para lidar com os casos de bullying, pois afetam diretamente o processo de ensino, seja pela motivação, baixa autoestima e/ou desempenho escolar reduzido, que contribuem para o índice de evasão escolar, por isso é dever da escola abolir as violências ocorridas ali. No episódio 2 (A Quadra), constatou-se que a classificação e separação dos sujeitos em grupos contribui para a marginalização ou ascensão de um sobre o outro, estabelecendo relações de poder. Por último, no episódio 3 (O Teatro) é exposto a forma que eu me via refém do meio heteronormativo, sendo necessário moldar a nós próprios para se adequar as normas da heterossexualidade, sendo necessário problematizar as normatizações que separa e estranha as diferenças das identidades hegemônicas. Portanto, a teoria queer foi essencial nesta pesquisa, pois entendo a necessidade da escola assumir uma pedagogia que não apenas ensine a tolerância e respeito a diversidade e diferença, mas também visibilize e problematize as mazelas implicadas na dispersão e necessidade de efetivação das regras e dos padrões culturais, desigualdade e hostilidade em volta da formação do “normal” e “anormal”.

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