Arranjo estrutural da quilha do sinclinal da guia, Faixa Paraguaia (MT)

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19-09-2013

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SILVA, Bruno De Jesus Portugal da. Arranjo estrutural da quilha do sinclinal da guia, Faixa Paraguaia (MT). Orientador: Roberto Vizeu Lima Pinheiro. 2013. 68 f. Trabalho de Curso (Bacharelado em Geologia) - Faculdade de Geologia, Instituto de Geociências, Universidade Federal do Pará, Belém, 2013. Disponível em: https://bdm.ufpa.br/jspui/handle/prefix/2736. Acesso em:.
O presente estudo reúne dados referentes ao arranjo estrutural das rochas do Sinclinal da Guia que afloram nas adjacências do Distrito de Nossa Senhora da Guia, porção sul do estado do Mato Grosso. O trabalho teve como objetivo a caracterização geométrica e cinemática dos arranjos estruturais das rochas da área, para se entender a sequência de eventos responsáveis pela disposição atual dessa feição. Os dados estruturais coletados nesse trabalho sugerem uma história evolutiva particular para explicar o arranjo das rochas observadas, calcada em um modelo de deformação transtensiva em domínio rúptil ou rúptil/dúctil. Este evento teria ocorrido após o episódio colisional classicamente descrito para a faixa, sendo sustentado por evidências como: 1) as unidades rochosas apresentam o mesmo padrão de deformação, dominado por dobras forçadas não cilíndricas em arranjos antiforme-sinformes sem padrão de vergência 2) a distribuição heterogênea de diferentes domínios de deformação, onde áreas pouco deformadas são separadas por falhas de altos ângulos de mergulho com importantes componentes direcionais, de setores mais deformados onde as camadas mostram altos ângulos de mergulho (60-85°). A posição espacial das falhas observadas possui uma relação geométrica concordante com a trama foliada do Grupo Cuiabá. Isto sugere que a deformação impressa nas rochas da Formação Guia foi controlada pela trama tectônica pré-existente das rochas metassedimentares do Grupo Cuiabá. Estas estruturas foram reativadas durante transtensão e controlaram o desenvolvimento de zonas restritas de maior ou menor concentração de deformação. Além disso, a disposição preferencial do acamamento com megulhos altos (> 50°) e a ausência de estruturas de colisão são incompatíveis com a existência de zonas de cavalgamento. Dessa forma, as rochas carbonáticas que compõem a Formação Guia, na área estudada, são interpretadas como uma cobertura neoproterozóica-cambriana afetada por um evento rúptil tardio, de caráter transtensivo, em muitos casos como resultado de reativação de estruturas do próprio Grupo Cuiabá. Admite-se que as rochas do Grupo Cuiabá, embasamento da Bacia Paraguai, possam representar de fato a Faixa Paraguai, como resultado de um evento colisional no Neoproterozóico.

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