Variação e transporte de material particulado em suspensão no rio Amazonas nos trechos de Almeirim e Gurupá

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Data

27-04-2016

Coorientador(es)

ROLLNIC, Marcelo Lattes

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GOMES, Gabriela Souza. Variação e transporte de material particulado em suspensão no rio Amazonas nos trechos de Almeirim e Gurupá. Orientador: Maurício da Silva da Costa. 2016. 41 f. Trabalho de Curso (Bacharelado em Oceanografia) - Faculdade de Oceanografia, Instituto de Geociências, Universidade Federal do Pará, Belém, 2016. Disponível em: https://bdm.ufpa.br/jspui/handle/prefix/2726. Acesso em:.
O rio e sua bacia de drenagem constituem uma unidade funcional para o ciclo da água e estabelecimento de balanços sedimentares. Os rios da Bacia Hidrográfica da Amazônia são responsáveis por exportar para o oceano uma grande quantidade de materiais dissolvidos e particulados. Com isso, o objetivo deste trabalho foi de verificar se há um padrão sazonal no transporte de material particulado em suspensão (MPS), determinando como eles estão distribuídos na coluna d’água, em dois trechos do rio Amazonas, municípios de Almeirim e Gurupá. Ao longo de quatro anos (2010, 2011, 2012 e 2014) foram realizadas campanhas (períodos seco e chuvoso em Almeirim e uma no período chuvoso em Gurupá, 2014). Foram feitos perfis verticais na coluna d’água nas margens direita, esquerda e meio do rio Amazonas. Para análise do parâmetro de turbidez foi utilizado um aparelho OBS (Optical Beckscatter Sensor) e para se determinar a concentração de material particulado em suspensão (MPS) foi feita coleta de água através de garrafa tipo Van Dorn, porém apenas nos anos de 2013 e 2014. Os valores mínimos e máximos de turbidez, variaram de 20 a 138 FTU, em Almeirim, no período seco, e de 20.5 a 231.4 FTU no período chuvoso, e em Gurupá no período chuvoso foi de 75 a 291 FTU. A quantificação mínima e máxima de MPS oscilou entre 20 e 208 mg/L em Almeirim e 20 a 388 mg/L em Gurupá. O transporte MPS nos dois trechos do rio teve um comportamento de exportação de sedimentos em direção à foz do rio Amazonas, tendo um máximo de transporte em Almeirim de 17 toneladas por segundo e uma resultante por ciclo de maré de 236 236.566 toneladas, enquanto que em Gurupá foi de 22,27 toneladas por segundo e resultante de 227.380,7. As distribuições espaciais da turbidez e do MPS, apresentaram um comportamento sazonal distinto entre os anos de coleta, com maiores valores durante o período chuvoso, no fundo do rio, durante maré de enchente, nos dois períodos estudados. Portanto, pôde- se verificar que nos dois trechos do rio Amazonas, Almeirim e Gurupá, apresentaram um padrão de transporte de distribuição sazonal de sedimento, que foram diretamente influenciados pela pluviosidade local, ocorrência do fenômeno da La Niña, vazão dos rios, e a componente maré atuando na intensificação e/ou atenuação na distribuição dos parâmetros de turbidez e MPS na coluna d’água (superfície e fundo).

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