Estudo de quantificação dos compostos fenólicos, avaliação das atividades antioxidante e antimicrobiana da casca do caule do Croton cajucara Benth

O presente trabalho teve como foco principal analisar o rendimento (em base seca), quantificar os compostos fenólicos, avaliar a atividade antioxidante e antimicrobiana dos extratos da casca do caule do Croton cajucara BENTH. Para isso, realizou-se uma extração convencional utilizando um extrator de aço-inox o qual seguiu o planejamento experimental (Box Hunter e Hunter) de dois fatores e dois níveis, sendo eles a temperatura (50°C e 60°C) e granulometria (0,10 mm e 0,51 mm) do material botânico, para determinar quais variáveis influenciaram no processo de extração. Para a quantificação de compostos fenólicos foi usada a metodologia de Folin-Ciocalteau, para a análise da atividade antioxidante aplicou-se o método do IC50 e para a análise antimicrobiana empregou-se o método de microdiluição, para a indicação da Concentração Inibitória Mínima (CIM) frente cepas bacterianas, Staphylococcus aureus, Proteus mirabilis, Pseudomonas aeruginosa e Salmonela typhi, bem como cepa fúngica, Candida albicans. Os rendimentos máximo e mínimo foram, respectivamente para as corridas 6 (T = 60°C; G = 0,10 mm) com 9,11% e 5 (T = 50°C; G = 0,10 mm) com 5,15%. Na quantificação de compostos fenólicos o ensaio 4 (T = 60°C; G = 0,51 mm) apresentou valor máximo e o ensaio 6 (T = 60°C; G = 0,10 mm) mínimo, onde forneceram 50,32 e 26,98 mg EAG/g, respectivamente. Em relação a atividade antioxidante os resultados foram expressos em IC50 e variaram de 9,01% (Ensaio 6; T = 60°C; G = 0,10 mm) à 14,03% (ensaio 7; T = 50°C; G = 0,51 mm). Já para a atividade antimicrobiana, os extratos não inibiram o crescimento das bactérias e fungo testados, apresentando uma CIM > 1.000 μg/mL. Todos os resultados foram tratados estatisticamente e, de modo geral, comprovaram que as melhores condições de extração foram T= 60°C e G = 0,10 mm.