Petrografia de minerais com o hábito de asbesto na porção oeste da zona de cisalhamento patos, região de Várzea Alegre, Ceará

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03-12-2019

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PROFETA, Felipe Anderson dos Santos. Petrografia de minerais com o hábito de asbesto na porção oeste da zona de cisalhamento patos, região de Várzea Alegre, Ceará. Orientador: Rosemery da Silva Nascimento. 2019. 51 f. Trabalho de Curso (Bacharelado em Geologia) - Faculdade de Geologia, Instituto de Geociências, Universidade Federal do Pará, Belém, 2019. Disponível em: https://bdm.ufpa.br:8443/jspui/handle/prefix/3106. Acesso em:.
No domínio geológico da Zona de Cisalhamento Patos existem várias ocorrências de minerais com o hábito de asbesto, hospedados em rochas de composição metaultramáfica. Na região de Várzea Alegre, Granjeiro e Mangabeira os asbestos presentes nas associações de litotipos do Complexo Granjeiro eram explorados de maneira rudimentar por garimpeiros que visavam o desempenho das propriedades físico-químicas deste hábito cristalino em atividades comerciais, com destaque para a fabricação de telhas de amianto. A crescente tendência em nível global de proibição da comercialização de amianto provocou a desvalorização do material e o consequente abandono destes garimpos. Petrograficamente o hábito fibroso ou de asbesto fornece informações importantes dos processos geológicos que atuaram nesta região, caracterizada pelo metamorfismo de alta temperatura que atingiu a migmatização das rochas, pois são regulados no decorrer dos estágios termodinâmicos do metamorfismo em conjunto com a mobilidade dos fluidos hidrotermais que interagem com antofilita, tremolita e fibrolita. As análises petrográficas, de microscopia eletrônica acoplada com espectroscopia por energia dispersiva (MEV-EDS) e de difração de raios X (DRX) das associações mineralógicas presentes em litotipos aflorantes, incluindo rochas cálcio-silicáticas e metapelíticas, definem as condições e os processos ocasionados na estabilização dos minerais inerentes a zona de cisalhamento e à implantação do arranjo de Duplex transpressivo de Lavras da Mangabeira. Os litotipos foram metamorfisados em fácies anfibolito alto a granulito, na faixa de temperatura apical em torno de 650-750 °C. As associações petrogenéticas indicam que as rochas foram acomodadas em níveis crustais distintos e, por isso, exibem associações minerais de pressões baixas (± 250-350 MPa), médias (± 400-600 MPa) e altas (± 700-800 MPa). A percolação de fluidos secundários, succionados para zonas de baixa pressão por meio da descompressão exercida durante a exumação das rochas, é favorecida a partir dos planos de falhas e de cavalgamentos e realizam as transformações retrógradas do metamorfismo. No retrometamorfismo há a desestabilização de minerais de média e alta pressão, a formação de porfiroblastos de minerais agregados por sucção da matriz, além dos padrões de fraturamentos preenchidos com hidrominerais. Na interação com fluidos secundários são geradas neoblasteses, texturas de substituição e os processos de pseudomorfismo, classificados na talcificação, muscovitização ou epidotização das associações.

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