Eventos extremos de precipitação em Belém-PA: uma história em notícias de jornais

Os impactos socioeconômicos dos eventos extremos de precipitação na cidade de Belém (1°28’S e 48°29’W) foram estudados durante o período de 1987 a 2009, através de histórias relatadas nas notícias dos jornais da cidade. Estes eventos foram caracterizados como extremos através da Técnica do Decil, considerando todas as chuvas acima de 24mm como extremas. Os eventos extremos que ocorrem na cidade de Belém são devido a três fatores: Influência de fenômenos de meso e grande escala, a própria energética da cidade, já que esta localizada na Zona Equatorial e a falta de infra-estrutura da cidade de Belém. As conseqüências dos eventos extremos de precipitação vão desde chuva de granizo, ventos fortes, queda de árvores, alagamentos, congestionamento no trânsito e descargas atmosféricas. Apesar da atmosfera da cidade não ter um representativo gradiente de pressão, ocorrem ventos fortes, que são capazes de destelhar muitas casas e centros-comerciários, além de derrubar árvores. A chuva de granizo e as descargas elétricas não são muito frequentes, mas foram noticiadas pelos jornais. A conseqüência mais freqüente e que causam mais prejuízos a cidade são os alagamentos, pois há na cidade canais que por sofrerem o acumulo de lixo e falta de drenagem, entopem e transbordam, as notícias mostram severos prejuízos como: alagamentos de ruas, casas, escolas, até morte de pessoas. Os três bairros que mais sofrem com o alagamento são: Cremação, Jurunas e Batista Campos, estes bairros são vizinhos, logo foi constatado que a falta de infra-estrutura da cidade é o fator predominante quanto à conseqüência dos eventos extremos de precipitação, se intensificando em alguns anos quando há influência de fenômenos de meso e grande escala.