Descompensação de cirrose hepática durante a pandemia de Covid-19 em pacientes de um serviço de referência em doenças do fígado

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01-01-2022

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SOUSA, Luiza Oliveira de; OLIVEIRA, Renata Melo de. Descompensação de cirrose hepática durante a pandemia de Covid-19 em pacientes de um serviço de referência em doenças do fígado. Orientadora: Lizomar de Jesus Maués Pereira. 2022. 42 f. Trabalho de Curso (Bacharelado em Medicina) - Faculdade de Medicina, Instituto de Ciências da Saúde, Universidade Federal do Pará, Belém, 2022. Disponível em: https://bdm.ufpa.br:8443/jspui/handle/prefix/5611. Acesso em:.
O estado de pandemia de COVID-­19, declarado em março de 2020, trouxe os conceitos de isolamento social e de lockdown para o cotidiano do Brasil e do mundo. Um vírus potencialmente letal para o qual não se possuía sequer perspectiva de tratamento mudou o funcionamento das redes ambulatoriais e hospitalares e, consequentemente, o acompanhamento de pacientes com doenças crônicas, sendo aqui enfatizada a cirrose hepática. Assim, o principal objetivo desse estudo foi identificar a frequência de descompensação clínica durante a pandemia em um grupo de pacientes com diagnóstico de cirrose hepática, além de avaliar quais hábitos da rotina desses pacientes poderiam se apresentar como fatores de risco para este pior desfecho. A casuística deste caso-­controle contou com 21 pacientes, para os quais foi aplicado questionário relativo à ocorrência de ascite, encefalopatia hepática, hemorragia digestiva, hospitalização, infecção por COVID­-19, e ao seu estilo de vida e alterações ponderais desde março/2020. Também foi realizada análise de prontuários e de exames laboratoriais para estratificação prognóstica da cirrose, tendo por base o escore de Child-­Pugh. Os dados foram computados e submetidos à análise estatística para avaliar sua correlação. A frequência relativa de descompensação clínica no grupo avaliado foi de 61,9%, não tendo sido encontrados fatores de risco estatisticamente significantes. Observou­-se que a ocorrência de complicações da cirrose durante o período avaliado esteve associada a uma pontuação mais alta no escore de Child­-Pugh atual. A descompensação mais frequente foi ascite, e a cirrose por pelo vírus de Hepatite C foi a etiologia mais comum no grupo. Ao decorrer da avaliação de resultados e correlação com a literatura, o estudo atendeu aos objetivos propostos e gerou mais hipóteses, principalmente acerca da possibilidade de aumento da mortalidade de pacientes cirróticos durante a pandemia e sobre as repercussões a longo prazo que o período de 2020-­atual pode ter sobre o prognóstico de pacientes com cirrose hepática.

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