Design de medição de radioatividade nas coleções fósseis da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Campus do Vale (Porto Alegre, RS).

O radônio é um gás radioativo que exala de rochas e solos e tende a se concentrar em ambientes fechados como minas subterrâneas e imóveis. Seu acúmulo em espaços mal ventilados é causa de preocupação com relação à saúde pública, e os repositórios de coleções geológicas e fósseis são ambientes com risco potencialmente aumentado a seus usuários. As coleções fósseis abrigam um grande número de ossos e rochas de origens diversas em recintos pouco ventilados, geralmente com janelas lacradas, por vezes em subterrâneos. A inalação e ingestão de Rn são alguns dos principais contribuintes para a dose de radiação ionizante recebida pela população e é a segunda causa de câncer das vias respiratórias depois do fumo. Serviços geológicos e museus europeus e norteamericanos alertam sobre os riscos e medidas de mitigação recomendadas com relação a coleções geológicas (rochas e minerais, bem como fósseis) através de edição, disponibilização gratuita e revisões periódicas de manuais que incluem cuidados relativos à radiação em laboratórios, recintos de coleções e de exposição em salas abertas ao público. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que programas abrangentes de radônio sejam desenvolvidos no âmbito da saúde pública, de preferência ligados a programas de qualidade do ar. Neste trabalho, é proposto em detalhe um desenho de experimento para quantificação da presença de radônio com detectores passivos nos recintos com as coleções fósseis da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) na cidade de Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Nesses locais, professores, alunos e funcionários dispendem várias horas em função de atividades acadêmicas e de pesquisa.