Documentação na reserva técnica de arqueologia Mário Ferreira Simões, do Museu Paraense Emílio Goeldi: estudo de caso da coleção AM-IT-#: Médio Urubu

A documentação museológica é uma área do conhecimento que contém técnicas necessárias para organização e comunicação dos objetos coletados (acervo), para a pesquisa e em seguida, o público. A Arqueologia é uma ciência que comporta o registro, do material arqueológico e a relação do homem com o objeto material (interpretação) em períodos distintos e estuda – no âmbito do período pré-colonial da Amazônia – a cultura material de povos indígenas ditos como extintos, objetivando entender seus significados através de informações extrínsecas (contexto espacial) e intrínsecas no objeto (forma, decoração, estilo, aditivo, etc.). Visando a importância da documentação dos materiais do Projeto Arqueológico Médio Urubu (PMU) (AM-IT-#), presentes na Reserva Técnica Mário Ferreira Simões desde os anos de 1970-80, propondo integrar as informações já existentes com novas diretrizes de catalogação e inventário, este projeto tem como objetivo verificar a potencialidade de informação das fontes mais evidentes para esta pesquisa, que são os relatórios de campo do arqueólogo naturalista Mário Simões. O pesquisador descreveu cada sítio escavado dentro do PMU, além de fotografias, croquis de cada sítio, localização, datas, entre outras informações essenciais, se tratando de coleta de materiais arqueológicos. A pesquisa busca maximização e complemento das informações dos materiais dos 43 sítios escavados. Os materiais estão armazenados dentro de sacos de papel, e neste contém as informações básicas de coleta. O procedimento realizado se trata da criação de uma etiqueta elaborada para fins documentais e foi preenchida com os dados já existentes e/ou informações complementares. O teor dessa pesquisa é importante, pois trata-se da relação dos materiais/objeto/artefatos arqueológicos, e sua documentação e o elo entre os dois suportes de pesquisas nelas presentes, tanto das documentações primárias e as mais recentes. A partir dessa perspectiva a continuação dos estudos e técnicas museológicas no âmbito arqueológico se mantém necessário para esses procedimentos.