Efeito do tabagismo no prognóstico da tuberculose pulmonar em pacientes internados no HUJBB

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01-01-2022

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LIMA, Manoel Macirio Oliveira; CAVALCANTE, Eric Ribeiro. Efeito do tabagismo no prognóstico da tuberculose pulmonar em pacientes internados no HUJBB. Orientador: Cleonardo Augusto da Silva. 2022. 57 f. Trabalho de Curso (Bacharelado em Medicina) - Faculdade de Medicina, Instituto de Ciências da Saúde, Universidade Federal do Pará, Belém, 2022. Disponível em: https://bdm.ufpa.br:8443/jspui/handle/prefix/6104. Acesso em:.
A tuberculose (TB) é uma doença infecciosa multissistêmica, que compromete principalmente os pulmões, apresenta evolução crônica, seu principal agente etiológico, o Mycobacterium tuberculosis. Em 2021, o Pará apresentou coeficiente de incidência superior ao nacional, atingindo valor de 42. O consumo ativo de tabaco está relacionado a um aumento do risco para a tuberculose de cerca de 2,5 vezes para recorrência e à mortalidade. Como grande parte das alterações orgânicas causadas pelo tabagismo são reversíveis em um período de 6 semanas, a interrupção do tabagismo pode ter impacto significativo no prognóstico dos pacientes. Então com o objetivo de avaliar o efeito do tabagismo no prognóstico da tuberculose pulmonar, foram estudados os prontuários de 68 pacientes, que foram hospitalizados no HUJBB durante o período de 2015 a 2020. Foram analisados estatisticamente para estimar a prevalência de tabagismo entre os pacientes, comparar as variáveis clínico epidemiológicas, sexo, idade, tempo de internação e coinfecção com HIV em relação ao tabagismo e verificar a associação entre o tabagismo e o desfecho (óbito e sobrevivência). Foram aplicados os testes estatísticos do Qui-quadrado de aderência, teste de Mann-Withiney, além da elaboração de indicador de risco prognóstico para a TB pulmonar. Em relação a frequência de casos de TB pulmonar no período de 2015 a 2020 houve uma redução acumulada de 80,07% de internação por TB pulmonar. A idade dos indivíduos variou de 21 a 90 anos, 33,82% eram mulheres e 66,18% eram de homens. A proporção de homens afetados foi quase 2 vezes maior do que a de mulheres, diferindo significativamente pelo teste do Qui-quadrado de aderência para proporções esperadas iguais (χ2 = 6.485; gl = 1; p-valor = 0.0109). Em relação ao tabagismo, 50% dos pacientes foram fumantes em algum momento da vida. Em relação ao desfecho clínico 11,76% evoluíram à óbito. Foi observada diferença proporcional (p unilateral = 0.00364) de homens fumantes em relação a de mulheres. O Índice de Risco Prognóstico da tuberculose pulmonar demonstrou diferenças estatisticamente significativas entre o sexo e o tabagismo. Os resultados obtidos neste estudo tendem a apoiar as hipóteses de que ser homem, fumante, vivendo com HIV aids e com idade avançada constitui risco para tuberculose pulmonar, inclusive de óbito.

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