Química mineral de anfibólios e biotitas do granito paleoproterozóico São João, Província Carajás, Pará

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01-01-2018

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MELO, Leandro Jorge Tavares. Química mineral de anfibólios e biotitas do granito paleoproterozóico São João, Província Carajás, Pará. Orientador: Claudio Nery Lamarão. 2018. 55 f. Trabalho de Curso (Bacharelado em Geologia) - Faculdade de Geologia, Instituto de Geociências, Universidade Federal do Pará, Belém, 2018. Disponível em: http://bdm.ufpa.br/jspui/handle/prefix/885. Acesso em:.
O Granito São João (GSJ) é um batólito anorogênico que corta unidades arqueanas situadas no Domínio Rio Maria, sudeste do Cráton Amazônico. Das quatro fácies petrográficas que constituem este plúton, duas foram analisadas em microscopia eletrônica de varredura: biotita-anfibólio-monzogranito (BAMG) e biotita-anfibólio-sienogranito (BASG). Os anfibólios de ambas as fácies do GSJ são cálcicos com composição de Fe-hornblenda e baixas razões Mg/(Mg+Fe) que variam de 0,04 a 0,26. A biotita é ferrosa com composições próximas ao polo da annita e apresenta razões Fe/(Fe+Mg) > 0,8 em ambas as fácies. Foram obtidas pressões de colocação intermediárias para o corpo plutônico estudado estipuladas, com base em geobarômetros de alumínio no anfibólio, variando de 3 a 5 kbar. Entretanto, como os anfibólios das duas fácies analisadas são ricas em ferro (razões Fe/(Fe+Mg) > 0,75), é possível que as pressões estimadas estejam superestimadas. O geotermômetro de saturação em zircão sugere temperaturas iniciais de cristalização entre 850°C e 883°C, enquanto que aquelas interpretadas como próximas ao solidus, inferidas a partir de geotermômetros de anfibólios, variam de 716°C a 776°C. Razões Fe/(Fe+Mg) de anfibólios do GSJ indicam que este plúton cristalizou sob condições moderadamente reduzidas, apesar da presença comum de magnetita magmática em ambas as fácies analisadas. Por meio das composições de biotitas constatou-se que o GSJ é um plúton anorogênico e seu magma parental mostra um trend de composições alcalinas para composições subalcalinas, aspecto este típico de granitos tipo A. O estudo comparativo entre o GSJ e suítes graníticas da Província Carajás, com base em dados de química mineral e condições de cristalização, reforçam estudos anteriores que enquadram o GSJ na Suíte Serra dos Carajás. Este trabalho comprova a confiabilidade nos resultados fornecidos pela Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV) que, apesar de realizar análises semiquantitativas, fornecem resultados satisfatórios no que tange à química mineral de anfibólios e biotitas e aos parâmetros de cristalização.

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