Prevalência de lesões pré-neoplásicas e neoplásicas malignas de colo uterino nas mulheres atendidas no Hospital Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará

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01-01-2007

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ARAUJO, Adriano Villacorta Lira de; SANTIAGO, Diego Lobão; SILVA, Oamela Tolentino da. Prevalência de lesões pré-neoplásicas e neoplásicas malignas de colo uterino nas mulheres atendidas no Hospital Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará. Orientadora: Nara Macedo Botelho Brito. 2007. 74 f. Trabalho de Curso (Bacharelado em Medicina) - Faculdade de Medicina, Instituto de Ciências da Saúde, Universidade Federal do Pará, Belém, 2007. Disponível em: https://bdm.ufpa.br:8443/jspui/handle/prefix/4958. Acesso em:.
O câncer invasor de colo uterino ocupa, em contexto mundial, a segunda posição entre as neoplasias malignas mais freqüentes e é a mais comum em países em desenvolvimento. Neste contexto, esta pesquisa objetiva verificar a prevalência de lesões pré­neoplásicas e neoplásicas malignas do colo uterino nas mulheres atendidas no serviço de colposcopia da Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará. Dessa forma, realizou­se um estudo epidemiológico, descritivo, retrospectivo, a partir da revisão dos prontuários das pacientes atendidas no serviço de colposcopia do Hospital Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará, no período de janeiro de 2006 a junho de 2007, que foram submetidas à biópsia de colo uterino, sendo desconsiderada a análise da colpocitologia oncótica. Após a aplicação dos critérios de exclusão, obteve­se uma amostra de 222 pacientes, as quais apresentaram idade média de 37,5 anos; 22,5% com o 2º grau completo; 36,9% eram solteiras e apenas 14,9% das pacientes afirmaram ser tabagistas. Quanto aos antecedentes gineco­obstétricos, observou­se: maior prevalência em coitarca entre os 15 e 18 anos de idade (43,2%), assim como multiparidade (46,8%) e até 5 parceiros durante a vida sexual (62,6%). Em relação à freqüência dos achados colposcópicos, 81,5% eram normais, 2,3% eram de miscelânea e apenas 7,7% eram sugestivos de câncer invasor. No entanto, 8,6% dos prontuários não apresentaram a descrição da colposcopia de forma válida para a pesquisa. Quanto à freqüência dos achados histopatológicos, houve um predomínio dos achados que determinam normalidade (45,9%), seguido por 13,1% dos casos correspondendo a Carcinoma de Células Escamosas Invasor, e por Lesão de Alto Grau, com 11,3%. Ao fazer a correlação entre os achados colposcópicos e os resultados histopatológicos, evidenciou­se um alto grau de concordância entre os dois métodos diagnósticos, o que mostra um alto valor preditivo positivo para a colposcopia. Apesar destes achados, vale ressaltar que a realização de biópsia é imprescindível para a confirmação do diagnóstico de lesões cervicais. Em vista das altas taxas de câncer de colo uterino observadas, bem como de suas lesões pré­neoplásicas, é importante que se realizem campanhas educacionais, visando conscientizar a população da necessidade do exame preventivo. Além disso, a elaboração de um sistema de convocação das mulheres, principalmente aquelas que se encontram na faixa etária de maior risco e que nunca fizeram o exame, seria de grande valia. Esse sistema de convocação pode ser realizado pelos agentes de saúde do Programa Saúde da Família, programa este que vem apresentando grande sucesso em termos de prevenção em todas as áreas da medicina.

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