Análise espacial dos indicadores de câncer de colo de útero

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01-01-2019

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OLIVEIRA, Jessica Fernanda Galdino. Análise espacial dos indicadores de câncer de colo de útero. Orientador: Eliã Pinheiro Botelho. 2019. 56 f. Trabalho de Curso (Bacharelado em Enfermagem) - Faculdade de Enfermagem, Instituto de Ciências da Saúde, Universidade Federal do Pará, Belém, 2019. Disponível em: http://bdm.ufpa.br/jspui/handle/prefix/1379. Acesso em:.
O câncer de colo de útero é a 4º neoplasia mais comum em mulheres no mundo, sua prevenção pode ser realizada através do exame citopatológico do colo do útero a partir de um rastreamento que possibilita a detecção de lesões e ou diagnóstico precoce da doença, porém ainda há um grande número de mulheres que não realizam a prevenção por inúmeros fatores. O objetivo deste trabalho foi avaliar a taxa de cobertura do exame preventivo do câncer de colo do útero (PCCU), incidência e mortalidade por câncer de colo de útero no Estado do Pará no período de 2006 – 2014. Trata-se de um estudo Ecológico, com dados provenientes do Sistema de informação do câncer do colo do útero – SISCOLO/DATASUS e Sistema de Informação do Câncer – SISCAN, de todo o estado do Pará, subdivididos em 3 triênios para que então fossem empregadas técnicas de Georreferenciamento. Foram identificados padrões de distribuição das variáveis estudadas, onde observamos correlações entre a taxa de realização do exame, a incidência e mortalidade por câncer cervical. A mesorregião do Marajó apresentou um aumento em sua taxa de cobertura e incidência e manteve sua taxa de mortalidade estável do segundo para o terceiro triênio de estudo. Nas demais mesorregiões houve queda na taxa de cobertura do exame, sendo observado o aumento da mortalidade nessas localidades. A mesorregião Metropolitana de Belém foi a que mais mostrou queda em sua taxa de cobertura, tornando-se a 2º em diminuição da incidência da neoplasia, já a Sudoeste não apresentou expansão ou decréscimo em sua taxa de exames realizados e mostrou-se como a de maior decréscimo de incidência e consequentemente a de maior ampliação da razão padronizada da taxa de mortalidade. Excetuando-se as mesorregiões Marajó e Sudoeste, o padrão encontrado foi: diminuição da cobertura do PCCU, diminuição da incidência e aumento da mortalidade. A análise de Moran revelou a expressão de bolsões de municípios com alta – alta cobertura principalmente na mesorregião Nordeste do estado, que se mantiveram no 3º triênio, ainda que houvesse a diminuição da incidência e mortalidade na região. Este estudo reafirma a relação entre a cobertura e a morbimortalidade do câncer cervical, pois o exame visa o diagnóstico precoce e esse fator tem influência direta na diminuição da mortalidade, visto que haverá então, tempo hábil para o tratamento e cura desta usuária. Ainda que o Pará mostre valores próximos ao que é preconizado, em relação a cobertura pelo PCCU, em localidades interioranas o acesso à saúde dificulta a viabilidade da realização do exame e de tratamento, por fatores que vão desde falta de profissionais de saúde, a desconhecimento de sua importância para a promoção de bem estar e prevenção contra a neoplasia na mulher.

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