O impacto da pandemia de Covid-19 no risco de fragilidades em idosos atendidos no ambulatório de geriatria do hospital universitário João de Barros Barreto (HUJBB)

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01-01-2022

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MONTEVERDE, Beatriz Tavares; NASCIMENTO, Natália da Silva. O impacto da pandemia de Covid-19 no risco de fragilidades em idosos atendidos no ambulatório de geriatria do hospital universitário João de Barros Barreto (HUJBB). Orientadora: Marina Maria Guimarães Borges; Coorientadora: Izaura Maria Viera Cayres Vallinoto. 2022. 48 f. Trabalho de Curso (Bacharelado em Medicina) - Faculdade de Medicina, Instituto de Ciências da Saúde, Universidade Federal do Pará, Belém, 2022. Disponível em: https://bdm.ufpa.br:8443/jspui/handle/prefix/5637. Acesso em:.
A síndrome de fragilidade passou por diversas mudanças em sua definição ao longo dos anos e, hoje, destaca-­se como uma síndrome geriátrica definida pelo tripé: sarcopenia, desregulação neuroendócrina e imunológica. Durante o período de pandemia, foi necess ária a tomada de medidas de isolamento social para contenção da transmissão do vírus, tendo um especial cuidado com a faixa etária maior que 60 anos, pois estes apresentavam maior risco de desenvolvimento de quadros graves e de mortalidade. Este trabalho teve como objetivo verificar o risco de fragilidade em idosos atendidos no ambulatório de geriatria do Hospital Universitário João de Barros Barreto (HUJBB) em um período da pandemia de COVID­-19 no ano de 2022, através de um estudo observacional tipo transversal quantitativo realizado com 100 idosos de ambos os sexos a partir de 60 anos e que concordaram em participar da pesquisa, assinando o Termo de Consentimento Livre Esclarecido (TCLE). Os idosos foram avaliados de acordo com o índice de vulnerabilidade clínico-­funcional do idoso (IVCF20) e as variáveis relacionadas a características sóciodemográficas e em perguntas associadas à pandemia. Observou-­se que 57% dos pacientes apresentavam idade entre 60­74 anos, sendo a maioria pacientes do sexo feminino (75%). Da amostra, 26% apresentaram baixo risco de fragilidade, 36% para moderado risco e 38% obtiveram alto risco de fragilidade. O risco de fragilidade foi significativamente associado à faixa etária (p=0.0286), à perda de apetite durante a pandemia (p= 0.072) e ao sentimento de fraqueza durante a pandemia (p=0.0262). As comorbidades mais frequentes foram Hipertensão arterial sistêmica (69%), Diabetes Mellitus (38%) e doenças osteoarticulares (34%). Nenhuma comorbidade isolada, relacionada ao risco de fragilidade teve diferença estatisticamente significativa, com todas as associações apresentando p> 0.05. Estatisticamente, os pacientes que relataram sensação de fraqueza e perda de apetite no período da pandemia demonstraram maior risco de fragilidade, diferente dos que não apresentaram tais sintomas. Portanto, é inegável que a pandemia tenha deixado sequelas profundas na sociedade, principalmente na vida de pessoas com idade mais avançada, tornando-­os mais propensos à sarcopenia, à baixa imunidade, à desregulação neuroendócrina e, consequentemente, maior risco de fragilização. Logo, verifica-­se a importância da classificação dos pacientes idosos quanto ao risco de fragilidade nos diferentes níveis de atenção buscando um melhor delineamento do cuidado desta população.

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