Representações sociais da gestão escolar sobre tecnologia assistiva na escolarização da pessoa com deficiência em comunidades tradicionais no Nordeste Paraense

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20-01-2021

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OLIVEIRA, Mequias Pereira de. Representações sociais da gestão escolar sobre tecnologia assistiva na escolarização da pessoa com deficiência em comunidades tradicionais no Nordeste Paraense. Orientadora: Raquel Amorim dos Santos. 2021. 141 f. Trabalho de Curso (Licenciatura em Pedagogia) – Faculdade de Educação. Campus Universitário de Bragança, Universidade Federal do Pará, Bragança-PA, 2021. Disponível em: https://bdm.ufpa.br:8443/jspui/handle/prefix/3844. Acesso em: .
Esta investigação objetiva analisar as representações sociais da Gestão Escolar sobre o uso de Tecnologia Assistiva na escolarização da PcD em Comunidades Tradicionais no Nordeste do Pará. O estudo é de abordagem qualitativa (CHIZZOTTI, 2006) com aplicação de questionários abertos (SEVERINO, 2007). Participaram da pesquisa seis gestoras e cinco coordenadoras de quatro escolas da Rede Municipal de Ensino, localizadas em Comunidades Tradicionais do entorno da Reserva Extrativista Marinha Caeté-Taperaçu, em Bragança-PA. A técnica utilizada no tratamento dos dados foi a análise de conteúdo (BARDIN, 2016) e a interpretação se ancorou nos pressupostos da Teoria das Representações Sociais (MOSCOVICI, 1978, 2015). A discussão envolveu o diálogo entre autores do campo da Gestão Escolar, da Tecnologia Assistiva e documentos da Política Nacional de Educação Especial. Os resultados mostram que nas Comunidades Tradicionais a Gestão Escolar representa a Tecnologia Assistiva como recursos pedagógicos que promovem a acessibilidade e contribuem para o desenvolvimento socioescolar da PcD. Na concepção das participantes os recursos englobam jogos educativos, computadores, softwares, lupas, painel de Libras, materiais pedagógicos em Braille (formas geométricas, alfabetos, silabários), datashow e televisão. A PcD na ótica das coordenadoras e gestoras são sujeitos de direitos e devem acessar a educação escolar. Acreditam que inclusão escolar pode ser impulsionada por intermédio de estratégias pedagógicas e administrativas como a construção de projetos, trabalho coletivo, aquisição de Tecnologia Assistiva, formação continuada para os(as) professores(as), uso adequado dos recursos financeiros, cumprimento de normas, garantia de matrículas, encaminhamento da PcD aos centros especializados para avaliação e, dentro dos limites, com as modificações na infraestrutura e a efetivação da legislação vigente sobre a inclusão escolar da PcD. A investigação mostrou que a Tecnologia Assistiva não é sinônimo de inclusão da PcD, é apenas uma das alternativas que pode contribuir. Concluímos que a Tecnologia Assistiva não é um tema alheio ao trabalho da Gestão Escolar, contudo, a formação continuada é uma necessidade nas escolas, para maior esclarecimento dos(as) profissionais e melhor orientação da PcD, quanto à utilização. Inferimos que essas representações sociais se forjam no contexto da Educação Especial, a partir das relações estabelecidas com as PcD, mediante a participação nos espaços da escola, os procedimentos, os(as) profissionais e os recursos utilizados.

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