Relação do nível de ansiedade com o estado nutricional e apoio familiar em mulheres submetidas à cirurgia bariátrica

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01-01-2018

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MOURA, Dyenne Cristina da Silva; SATO, Michelle Mayumi Farias. Relação do nível de ansiedade com o estado nutricional e apoio familiar em mulheres submetidas à cirurgia bariátrica. Orientadora: Daniela Lopes Gomes. 2018. 51 f. Trabalho de Curso (Bacharelado em Nutrição) - Faculdade de Nutrição, Instituto de Ciências da Saúde, Universidade Federal do Pará, Belém, 2018. Disponível em: https://bdm.ufpa.br:8443/jspui/handle/prefix/5071. Acesso em:.
O presente estudo tem como objetivo analisar a relação entre os níveis de ansiedade, o estado nutricional e o apoio familiar de mulheres submetidas à cirurgia bariátrica (CB) após 24 meses. Trata­-se de um estudo clínico-­transversal, descritivo e analítico com amostragem não probabilística por conveniência de 18 mulheres submetidas à CB à 24 meses ou mais, por meio das técnicas cirúrgicas de Bypass Gástrico ou Sleeve, atendidas no projeto de extensão “Acompanhamento Nutricional em Cirurgia Bariátrica” (ANCIB). A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética e Pesquisa do Instituto de Ciências da Saúde/UFPA (CAAE 59781416.0.0000.0018) e todas as pacientes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Foram coletadas informações sobre as características sociodemográficas, antropométricas, comportamento alimentar, grau e satisfação com o apoio familiar no pós-­operatório. Para a análise estatística dos dados foram utilizados os testes de Kruskal­Wallis, Mann­Whitney e correlação de Pearson. Na análise dos componentes principais foi utilizado o software BIOESTAT v. 5.3, sendo aplicada a técnica Multivariada Exploratória de Análise de Componentes Principais (ACP). Relataram ter apoio familiar 14 pacientes (77,8%). Quanto à satisfação com o apoio familiar, 11 (61,1%) disseram estar muito satisfeitas. Segundo o IMC atual, 14 participantes (77,8%) foram classificadas com obesidade grau I. A ansiedade grave foi observada em 10 (55,6%) das pacientes e a ansiedade moderada em 8 (44,4%). As entrevistadas descreveram a sua relação com a comida, onde 11 (61,1%) classificaram como uma relação boa. O sentimento de culpa após as refeições foi referido por 7 (38,9%) participantes. Houve correlação significativa, moderada e inversa da ansiedade com o apoio familiar no período pós-­cirúrgico, de forma que, quanto maior a ansiedade, menor foi o apoio familiar após a cirurgia. Não foi detectada diferença estatística significativa entre os grupos de ansiedade e o IMC, bem como não foi encontrada correlação entre estas variáveis. No entanto, observou-­se maior frequência de ansiedade grave em mulheres com obesidade. Na análise de componentes principais, a primeira componente teve como variáveis mais importantes a prática de atividade física, relação com a comida, grau de satisfação com o apoio familiar e grau de escolaridade, explicando 34,07% das variâncias dos dados. Já a segunda componente teve como variáveis mais importantes a culpa por comer, ansiedade, apoio familiar e renda, explicando 18,91% das variâncias. Foi possível observar a fundamental importância do apoio familiar após a CB, pois está correlacionado inversamente à ansiedade, e presente em todas as pacientes do estudo, apresentando-­se em nível grave em mulheres obesas. Os principais fatores identificados que explicam 78,19% da presença da obesidade foram atividade física, sentimento de culpa após as refeições e escolaridade, com os dois últimos de correlação inversa e proporcional.

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Disponível na Internet via correio eletrônico: bibsaude@ufpa.br

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