Avaliação eletrocorticográfica, eletrocardiográfica e enzimas hepáticas ALT e AST após administração de dose tóxica de acetaminofeno em ratos Wistar

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Data

01-01-2022

Orientador(es)

HAMOY, Moisés LattesORCID

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LOPES, Larissa Nobre; ALVES, Tainá Rezende Ferreira. Avaliação eletrocorticográfica, eletrocardiográfica e enzimas hepáticas ALT e AST após administração de dose tóxica de acetaminofeno em ratos Wistar. Orientador: Moisés Hamoy. 2022. 41 f. Trabalho de Curso (Bacharelado em Medicina) - Faculdade de Medicina, Instituto de Ciências da Saúde, Universidade Federal do Pará, Belém, 2022. Disponível em: https://bdm.ufpa.br:8443/jspui/handle/prefix/5410. Acesso em:.
Introdução: O acetaminofeno é o medicamento de livre prescrição mais utilizado no mundo como analgésico e antipirético e apesar de ser considerado seguro quando utilizado em doses terapêuticas, é responsável pelas causas mais comuns de intoxicação por drogas, que pode ocorrer devido ao uso de superdosagem intencional ou não intencional, podendo resultar em insuficiência hepática e alterações eletrofisiológicas. Objetivo: Identificar a ocorrência de alterações eletrocorticográficas, eletrocardiográficas e hepáticas em ratos Wistar induzidos à intoxicação por paracetamol. Métodos: Estudo de desenho experimental utilizando ratos Wistar, machos, pesando entre 200 a 230g. Os animais foram divididos nos seguintes grupos: A – controle com solução fisiológica 0,9% via gavagem (n=9); B – grupo acetaminofeno, receberá dose de 1g/kg via oral de acetaminofeno (n=9). Foram realizados registros eletrocorticográficos, eletrocardiográficos e enzimas hepáticas (AST e ALT) nos períodos de 24, 48, 72 e 96 horas após a administração da droga. Resultados: Observou-­se redução progressiva da potência da eletrocorticografia de acordo com a progressão do tempo de observação após a administração do acetaminofeno. No grupo tratado com a droga, a potência média foi cerca de 50% mais baixa na amplitude das oscilações cerebrais em relação ao controle. Em todos os tipos de ondas (alpha, beta, delta, gamma e theta) houve diferença significativa às 96 horas após a aplicação. Quanto ao registro eletrocardiográfico, no grupo acetaminofeno, observou­-se diminuição da atividade cardíaca e alterações no seguimento RR, PQ e QT após 72 e 96 horas, além de aumento de duração do QRS a partir de 48 horas da administração de dose tóxica aguda, mantendo ritmo sinusal. No estudo também foi identificado alterações no formato da onda T, a qual apresentou maior irregularidades e abertura. Por fim, observou-­se aumento das atividades das transaminases AST e ALT, configurando danos hepáticos com a dosagem utilizada no estudo. Conclusão: No sistema nervoso central, observou­-se uma redução progressiva da amplitude de todas as ondas cerebrais na eletrocorticografia (delta, theta, beta e gamma), com exceção da onda alpha, que apresentou aumento de atividade. A redução da maioria das ondas cerebrais corrobora com a ideia de a droga atuar como inibidora do sistema nervoso central, correspondendo aos efeitos analgésicos centrais promovidos pela mesma. Acerca da hepatotoxicidade, as alterações descritas corroboram com os danos hepáticos, já amplamente conhecidos, decorrentes da toxicidade do acetaminofeno, demonstrado pelo aumento dos níveis das transaminases AST e ALT. Com relação as alterações eletrocardiográficas, observou­se redução da atividade cardíaca e alteração nos segmentos eletrocardiográficos, mantendo o ritmo sinusal. Todas as variáveis analisadas apresentaram suas alterações mais significativas a partir de 72h da administração da dose tóxica do acetaminofeno.

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