Fatores clínicos e antropométricos associados à adesão à contagem de carboidratos por pessoas com diabetes mellitus tipo 1

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01-01-2022

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CAMARA, Lediane Nunes. Fatores clínicos e antropométricos associados à adesão à contagem de carboidratos por pessoas com diabetes mellitus tipo 1. Orientadora: Daniela Lopes Gomes; Coorientadora: Gabriela Correia Uliana. 2022. 46 f. Trabalho de Curso (Bacharelado em Nutrição) - Faculdade de Nutrição, Instituto de Ciências da Saúde, Universidade Federal do Pará, Belém, 2022. Disponível em: https://bdm.ufpa.br:8443/jspui/handle/prefix/6054. Acesso em:.
Introdução: O Diabetes Mellitus tipo 1 (DM1) é uma doença autoimune identificada pela falha na produção de insulina devido à destruição de células β pancreáticas, resultante da interação de vários fatores ambientais e genéticos. A terapia nutricional é a ferramenta mais importante para o sucesso no tratamento do paciente com DM1, colaborando para o controle glicêmico e suprimento das necessidades energéticas e nutricionais dos indivíduos. Dessa maneira, a Contagem de Carboidratos (CC) é uma estratégia nutricional que se baseia em estimar as gramas de carboidratos que serão ingeridos em cada refeição, possibilitando o conhecimento dos efeitos na glicemia. Alguns estudos mostram a relação benéfica entre a adesão a CC e os dados clínicos e antropométricos em pessoas com DM1, mas ainda são escassos os estudos brasileiros nesta temática. Objetivo: Verificar a associação entre o perfil clínico e antropométrico e a adesão à CC por pessoas com DM1. Método: Trata-se de um estudo transversal, descritivo e analítico, realizado com adultos com DM1, de ambos os sexos, que conheciam a estratégia da CC. Os dados foram coletados por meio de um formulário online, que continha perguntas referentes ao conhecimento da CC e dados clínicos e antropométricos. Para análise dos dados foi usado o software Statistical Package for Social Science, versão 24.0, sendo os dados descritivos categorizados em frequência absoluta e proporção, e na fase analítica, o teste Qui-Quadrado de Pearson, com análise de resíduos ajustados (nível de significância estatística de p<0,05). Resultados: Foram avaliadas 188 pessoas com DM1, entre as quais a maioria possuía tempo de diagnóstico de mais de 10 anos (n=120; 63,8%), estavam eutróficos (n=105; 55,9%) e com IMC médio de 25,0±4,5 kg/m2 , tinham a HbA1c aumentada (n=104; 55,3%) e faziam a CC (n=105; 55,9%). Houve associação entre adesão à CC e ter feito o exame de HbA1c em até 3 meses atrás (p=0,037), ter HbA1c adequada (p=0,017), ter mais de 10 anos de diagnóstico de DM1 (p=0,002) e entre HbA1c adequada e realizar a CC no almoço (p=0,034) e no jantar (p=0,019), utilizando aplicativos de CC (p=0,001) e aplicativos não específicos de CC como meio de pesquisar a quantidade de carboidratos (p<0,001). Conclusão: Após a realização deste estudo conclui-se que não fazer a CC pode estar associado à obesidade, a adesão à CC está associada a um melhor controle glicêmico, à aferição da HbA1c no tempo correto e parece ser maior no decorrer do tempo de diagnóstico, bem como o uso de aplicativos de celular parece auxiliar na adesão a esta estratégia de terapia nutricional. Dessa forma, o estudo foi fundamental, pois nota-se que a adesão a CC é uma estratégia nutricional de extrema importância na manutenção de características clínicas e antropométricas adequadas durante o tratamento da DM1.

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Disponível na Internet via correio eletrônico: bibsaude@ufpa.br

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