Avaliação do hábito intestinal de lactentes em aleitamento materno exclusivo

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Data

01-01-2009

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MENEZES, Iara Fernandes; QUEIRÓZ, Lenilson Rodrigo Pinho Botelho. Avaliação do hábito intestinal de lactentes em aleitamento materno exclusivo. Orientadora: Cláudio Sergio Carvalho de Amorim. 2009. 32 f. Trabalho de Curso (Bacharelado em Medicina) - Faculdade de Medicina, Instituto de Ciências da Saúde, Universidade Federal do Pará, Belém, 2009. Disponível em: https://bdm.ufpa.br:8443/jspui/handle/prefix/6075. Acesso em:.
O leite materno é fundamental para a saúde nos seis primeiros meses de vida, por ser um alimento completo e perfeitamente adaptado ao metabolismo da criança. A OMS recomenda o aleitamento materno exclusivo nos primeiros quatro a seis meses de vida. No Brasil, o Ministério da Saúde recomenda o aleitamento materno exclusivo nos primeiros seis meses de vida. Observa-se que a ausência de amamentação ou sua interrupção precoce e a introdução de outros tipos de alimentos na dieta da criança têm sido freqüentes, com conseqüências potencialmente danosas à saúde da criança, como a constipação intestinal. A freqüência das evacuações é variável entre os diferentes indivíduos, assim sendo, nas crianças maiores de um ano e no adulto as evacuações podem variar de uma a cada setenta e duas horas até três evacuações em vinte e quatro horas. Em crianças recebendo aleitamento materno exclusivo o habito intestinal pode variar, podendo em muitas delas o intervalo entre as evacuações ser superior a três dias, mas com eliminação de fezes normais, caracterizando o quadro de pseudoconstipação intestinal. Considerando-se a carência de dados sobre a prevalência de pseudoconstipação em nossa região e objetivando maior conhecimento do habito intestinal de crianças em aleitamento materno exclusivo realizou-se um estudo transversal no Ambulatório de Puericultura do HFSCMPA, com 200 crianças menores de seis meses de idade, recebendo aleitamento materno exclusivo. Foram coletadas informações sobre idade, peso, estatura, sexo, intervalo entre as evacuações, número de evacuações ao dia e consistência das fezes e inseridas no programa EPI INFO, versão 6.04 para análise estatística. As tabelas e gráficos construídos no Microsoft EXCEL 2003. Para análise da significância foi utilizado o teste t-Student na comparação da diferença entre as médias, em cada mês de vida, com nível  = 0,05 (5%), através do software BioEstat 5.0, assinalando com asterisco (*) os valores significantes. A idade dos pacientes variou de 0 a 6 meses, sendo maior o número de pacientes com 1 mês de vida Em relação ao número de evacuações, a predominância foi de 1 a 3 evacuações/dia, correspondendo a 60% dos pacientes pertencentes a amostra. O intervalo entre as evacuações predominante foi menor ou igual a três dias correspondendo a 85,5% dos pacientes estudados. A consistência das fezes em quase sua totalidade foi líquida ou pastosa (98,5%). A pseudoconstipação foi diagnosticada em 29 pacientes (14,5%) sendo mais prevalente entre o 2º e 4º mês de vida. A média de evacuações foi de 3.6 evacuações ao dia, e distribuída por faixa etária foi maior na população com um mês de idade. No primeiro semestre de vida, constatou-se que a ausência do aleitamento natural é um fator associado com constipação. O número de evacuações é maior no primeiro semestre de vida, e diminui com o aumento da idade. A freqüência das evacuações em lactentes em aleitamento natural é maior do que a dos em aleitamento artificial. O aleitamento natural deve ser considerado como um fator de proteção contra o desenvolvimento de constipação no primeiro semestre de vida.

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