Caraterização de feições sedimentares nos jaspilitos da formação Carajás

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01-04-2012

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RAMOS, Jéssica Negrão. Caraterização de feições sedimentares nos jaspilitos da formação Carajás. Orientador: Joel Buenano Macambira. 2012. 91 f. Trabalho de Curso (Bacharelado em Geologia) - Faculdade de Geologia, Instituto de Geociências, Universidade Federal do Pará, Belém, 2012. Disponível em: http://bdm.ufpa.br/jspui/handle/prefix/1875. Acesso em:.
O Distrito Ferrífero de Carajás está localizado no sudeste do estado do Pará, sendo representado pela Serra de Carajás (área principal) e Serra Leste (áreas menores). Nessas serras ocorrem os jaspilitos da Formação Carajás, que compõem mais de 90% desta formação. Neste trabalho foi realizado o estudo de feições sedimentares (meso e microscópicas) primárias preservadas nos jaspilitos, com o objetivo de caracterizar o seu ambiente deposicional e estabelecer parâmetros que permitam definir o empilhamento. Feições sedimentares típicas do jaspilito tais como o bandamento e laminação representam o acamamento da rocha e indicam que, durante a precipitação de uma camada centimétrica, haveria pulsos com a deposição de lentes e lâminas extremamente delgadas, nas bandas de opacos haveria lentes e lâminas de minerais de sílica e nas bandas silicosas lentes e lâminas de minerais opacos. Tais feições são interpretadas como deposicionais primárias. O estudo de feições sedimentares nunca foi utilizado para correlação de diferentes depósitos, como os que ocorrem na Serra Norte, portanto o estudo dessas feições, neste trabalho, irá sugerir se é possível a correlação entre esses depósitos, possibilitando talvez, a extensão a outros corpos de minério da região. A Formação Carajás é aqui considerada como BIF do tipo Superior, não estando metamorfisada. Suas estruturas sedimentares foram divididas em A) primárias: 1) bandamento, 2) laminações plano-paralelas, 3) estruturas de escavação e preenchimento e 4) níveis de intraclastos e B) secundárias: 1) contatos interpenetrativos, 2) feições de adelgaçamento, 3) feições de rompimento de bandas, 4) estruturas pods, 5) esferulitos e 6) o aumento dos grãos de chert. A análise das feições ao longo do empilhamento do jaspilito mostrou que, na Porção Inferior (70m) as bandas de opacos são mais espessas, enquanto que na Superior (150m) as de sílica são mais espessas, refletindo um empobrecimento gradual em ferro na água do mar do início ao final da deposição. Além disso, os níveis de intraclastos e as estruturas sedimentares de escavação e preenchimento ocorrem apenas na Porção Superior, mostrando a atuação de fluxos laminares, enquanto na Porção Inferior, a ausência dessas estruturas mostra que as condições ambientais eram mais estáveis e constantes. Portanto, as estruturas sedimentares primárias, em nível de detalhe, podem servir de critérios para diferenciar a Porção Inferior da Porção Superior e ser usadas para estabelecer o empilhamento em zonas deformadas e fazer correlações com outros depósitos de BIFs da Formação Carajás.

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