Mortalidade de pacientes idosos com fratura de quadril tratados cirurgicamente em um hospital da região amazônica durante a pandemia por Sars-cov-2

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01-01-2022

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PORFÍRIO, Danillo Monteiro; CALDEIRA, Gisele Alves Morikawa. Mortalidade de pacientes idosos com fratura de quadril tratados cirurgicamente em um hospital da região amazônica durante a pandemia por Sars-cov-2. Orientador: João Alberto Ramos Maradei Pereira. 2022. 87 f. Trabalho de Curso (Bacharelado em Medicina)-Faculdade de Medicina, Instituto de Ciências da Saúde, Universidade Federal do Pará, Belém, 2022. Disponível em: https://bdm.ufpa.br:8443/jspui/handle/prefix/5496. Acesso em:.
Em 2020, devido à pandemia ocasionada pelo SARS­CoV­2, medidas de isolamento foram estabelecidas para interromper a cadeia de transmissão do vírus. Mesmo em isolamento, pacientes idosos ainda estavam expostos aos riscos de queda. A fratura de quadril ocasionada por quedas é uma condição grave que apresenta um risco elevado de mortalidade neste grupo etário. O objetivo foi avaliar a taxa de mortalidade em até um ano de pacientes idosos submetidos a tratamento cirúrgico de fratura do quadril durante a pandemia de COVID­19 em um serviço de trauma ortopédico. Foi realizado um estudo de coorte retrospectivo analítico, utilizando dados de prontuários de pacientes com 60 anos ou mais, operados por fratura no terço proximal do fêmur (colo, intertrocantérica ou subtrocantérica) entre março/2020 e fevereiro/2021. Dados de 356 pacientes foram considerados, com 68,53% de pacientes do sexo feminino e uma média de idade total de 78,75 ± 9 anos. A taxa de mortalidade foi de 10,95%, com a maioria dos óbitos ocorrendo até 180 dias. Os homens apresentaram risco 2,57 vezes maior de óbito. Em pacientes com 90 anos ou mais, o risco foi 5,87 maior. Aqueles com histórico de COVID­19 tiveram risco 5 vezes maior para óbito em um ano. Os com doença de Parkinson e comorbidades pulmonares tiveram riscos elevados, porém sem significância estatística. Houve diferença significativa entre os dias de internação dos pacientes que evoluíram a óbito e os de pacientes que sobreviveram nos primeiros 30 dias (p=0,044). Fraturas tratadas num período menor que 48 horas não apresentaram nenhum óbito (p<0,0001). Assim, o atendimento de fraturas de quadril, mesmo em período de pandemia, deve apresentar um fluxo que garanta a segurança e saúde dos pacientes idosos.

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