Qualidade das águas superficiais da área de influência das empresas de mineração MMX (ferro) e MPBA (ouro), na Região de Serra do Navio e Pedra Branca do Amaparí - AP

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01-01-2009

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MELO, Carolina Rodrigues. Qualidade das águas superficiais da área de influência das empresas de mineração MMX (ferro) e MPBA (ouro), na Região de Serra do Navio e Pedra Branca do Amaparí - AP. Orientador: Milton Antônio da Silva Matta. 2009. 86 f. Trabalho de Curso (Bacharelado em Oceanografia) – Faculdade de Oceanografia, Instituto de Geociências, Universidade Federal do Pará, Belém, 2009. Disponível em: http://bdm.ufpa.br/jspui/handle/prefix/894. Acesso em:.
Este estudo objetivou avaliar a qualidade das águas superficiais da área de influência das empresas de mineração de ferro e Ouro, na região de Serra do Navio e Pedra Branca do Amaparí, estado do Amapá e estabelecer as relações entre mineração e comprometimento ambiental, visando a melhoria da qualidade de vida da população envolvida, uma vez que a qualidade das águas tem uma relação direta com saúde pública. Para isso foram coletadas e analisadas 16 amostras de água nos igarapés William, Mário Cruz, Taboca, Mata Fome, Jornal, Taperebá e Silvestre. Com o resultado das análises pôde ser notado que as mineradoras tiveram influência significativa na área estudada, principalmente no que diz respeito aos valores de cor e turbidez, já que para realizar a extração dos minérios houve a necessidade da remoção da cobertura vegetal, resultando em intenso processo de lixiviação, carreando grande quantidade de sedimentos para os cursos hídricos, diminuindo a penetração da luz impossibilitando a fotossíntese e prejudicando a vida aquática, diminuindo, assim, a quantidade de peixes, base da alimentação da população ribeirinha. O elemento cianeto apresentou concentrações abaixo de 0,001 mg/L, o que reflete o eficiente controle da empresa MPBA sobre as águas de descarte para os cursos hídricos. Porém, o cianeto pode estar sendo liberado para atmosfera na forma gasosa (HCN), acarretando sérios problemas ambientais. Isso ainda necessita de estudo mais detalhado para a quantificação das concentrações liberadas pela empresa mineradora de ouro MPBA, evitando assim problemas ambientais que afetem a flora e fauna. Outro aspecto importante observado foi o valor elevado do pH na amostra coletada na confluência dos igarapés William e Taboca que pode facilitar a precipitação de elementos químicos tóxicos como metais pesados, além de exercer efeitos sobre a solubilidade de nutrientes. Para que seja feita melhor avaliação da real influência dessas mineradoras referente aos impactos ambientais nos recursos hídricos adjacentes à área do empreendimento, se faz necessário o monitoramento da qualidade das águas, dentro de um ciclo hidrológico completo, contemplando pelo menos quatro campanhas de amostras.

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