Representações sociais de professores sobre a inclusão de alunos autistas nos anos iniciais do ensino fundamental

Este estudo objetiva compreender as representações sociais de professores em uma escola pública do município de Bragança-PA sobre a inclusão de alunos autistas nos anos iniciais do ensino fundamental. Com uma abordagem qualitativa, participaram da pesquisa quatro docentes de turmas regulares inclusivas com alunos autistas, o levantamento ocorreu por meio de entrevista semiestruturada e questionário socioeconômico. A análise dos dados foi realizada por meio da Teoria das Representações Sociais de Moscovici (2015) e da análise do conteúdo de Bardin (2011). Os resultados sugerem que as Representações Sociais (RS) das professoras sobre a inclusão de alunos autistas são permeadas por preocupações em interagir o aluno autista com a turma e envolve-lo nas atividades, com uma percepção do TEA caracterizado por questões cognitivas, de aprendizagem e relacional, destacam o preconceito de pais de crianças não deficientes e a dificuldade das práticas pedagógicas inclusivas, seja pela falta de formação em serviço ou pela falta de condições nas escolas (recursos, materiais, metodologias, apoio); assim as RS são marcadas por anseios, preocupações e insegurança sobre o autismo. Conclui-se que essas RS influenciam diretamente na realização de práticas pedagógicas inclusivas exitosas na escola e estão diretamente relacionadas a uma politica educacional inclusiva deficitária.