Perfil Clínico-epidemiológico dos casos com suspeição diagnóstica de tromboembolismo pulmonar no hospital universitário João de Barros Barreto (HUJBB) no período de 2015 a 2021

Carregando...
Imagem de Miniatura

Data

01-01-2022

Título(s) alternativo(s)

Tipo de acesso

Acesso Abertoaccess-logo

Citar como

BECHARA, Luis Felipe de Oliveira; ARAÚJO, Rodrigo Silva Belard. Perfil Clínico-epidemiológico dos casos com suspeição diagnóstica de tromboembolismo pulmonar no hospital universitário João de Barros Barreto (HUJBB) no período de 2015 a 2021. Orientador: Cleonardo Augusto da Silva; Coorientadora: Rosana Maria Feio Libonati. 2022. 59 f. Trabalho de Curso (Bacharelado em Medicina) - Faculdade de Medicina, Instituto de Ciências da Saúde, Universidade Federal do Pará, Belém, 2022. Disponível em: https://bdm.ufpa.br:8443/jspui/handle/prefix/6126. Acesso em:.
Tromboembolismo pulmonar (TEP), decorre do desprendimento de trombo originado no sistema venosos profundo ou cavidade cardíaca direita, e posterior oclusão da artéria pulmonar ou seus ramos. Possui clínica inespecífica e diagnóstico com angiotomografia de tórax. Quando não tratada tem cerca de 30% de letalidade. O objetivo do trabalho é analisar o TEP em pacientes hospitalizados. Para esse intuito, foi realizado um estudo de coorte retrospectivo do perfil clínico-epidemiológico de pacientes com suspeição diagnóstica de tromboembolismo pulmonar no Hospital Universitário João de Barros Barreto, entre 2015 e 2021, com análise de 48 prontuários. No estudo, 50% são do sexo feminino, apesar do sexo masculino estar mais exposto a fatores de risco para TEP. A maioria dos casos (47,9%) estão entre 60 a 98 anos, sendo a sexta década de vida a faixa etária mais acometida, nos casos diagnosticados como TEP. Em conformidade com representatividade da região, a cor/raça foi de 91,7% declarados pardo. O tempo de internação em até 30 dias em 66,7% dos casos, está acima da média de 8,7 dias referente ao ano de 2019. Houve recorrência de 10,4% em 6 meses para internação, o que é possível ter em até um terço dos casos. A imobilidade com 45,8%, foi o fator de risco de maior expressividade, e aumenta a probabilidade de TEP em duas a cinco vezes. A clínica relacionada a existência de câncer, com 33,3% dos casos, teve maior prevalência, e confere na presença de quimioterapia, aumento do risco de evento trombótico em duas a seis vezes. Não houve diagnóstico de TEP, e os exames realizados são das comorbidades existentes. O escore de Wells evidenciou TEP provável em 57,1% de 7 diagnósticos de trombose venosa profunda (TVP) realizados. O óbito é maior no sexo masculino (56,3%), que é detentor de uma maior mortalidade no TEP. Tiveram significância estatística, os fatores de risco e comorbidades, metástase (p=0,039) e TVP (p<0,001), onde 25% dos óbitos tinham metástase e 100% dos óbitos sem TVP, apesar de ser junto com o TEP, as principais causas de óbito evitáveis em pacientes hospitalizados. Conclui-se que os dados clínico-epidemiológicos não discordaram com a literatura. A existência de TVP eleva a probabilidade de TEP, e a metástase é um fator de risco, além de comorbidade, associado ao óbito. Pesquisas são necessárias para fazer um protocolo diagnóstico na inexistência do método diagnóstico ideal.

Fonte

Fonte URI

Disponível na Internet via correio eletrônico: bibsaude@ufpa.br