Caracterização ambiental da meliponicultura no município de Canaã dos Carajás, Pará, Brasil

As abelhas sem ferrão (Apidae: Meliponini) formam um grupo diverso de abelhas sociais, abundantemente encontradas em regiões tropicais e subtropicais (NOGUEIRA-NETO 1997, MICHENER 2007). Os meliponíneos estão entre os polinizadores mais efetivos da maioria das plantas que compõem a vegetação amazônica (KERR, 2002). A criação racional das abelhas indígenas (conhecida como meliponicultura) (NOGUEIRA-NETO, 1997), não é uma atividade recente, pois já era praticada pelos povos indígenas (CORTOPASSI-LAURINDO et al. 2006) e vem crescendo entre os produtores de mel em todo País. O objetivo dessa pesquisa foi caracterizar a meliponicultura no município de Canaã dos Carajás-PA, através de questionário. Foram entrevistados 08 (oito) meliponicultores “in loco” através de interrogatório direto, utilizando-se questionário formal por escrito. Para a análise das respostas, foi feito uma planilha para cada tema abordado usado o aplicativo Excel, o qual foram mostrados os valores absolutos e percentuais obtidos. Foi diagnosticado que a meliponicultura no município é uma atividade predominantemente masculina (100%), sendo mais exercida na área rural (75%). Há espécie que se destaca na preferencia dos meliponicultores e a Uruçu cinzenta (Melipona fasciculata), presente em 50% das propriedades. Quanto à comercialização do mel, 100% exploram a atividade usam e comercializam o produto, com o preço variando de R$ 50,00 a R$ 70,00 o litro. Conclui-se que a meliponicultura apresenta-se como uma boa alternativa econômica para pequenos agricultores, além de contribuir significativamente para o meio ambiente, entretanto, há necessidade de ampliar o conhecimento sobre as abelhas e promover treinamentos específicos para melhorar e padronizar as práticas de manejo.