Identificação molecular de espécies de cefalópodes comercializados no Brasil

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07-10-2021

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PAIVA, Bianca Lima. Identificação molecular de espécies de cefalópodes comercializados no Brasil. Orientador: João Bráullio de Luna Sales. 2022. 46 f. Trabalho de Curso (Licenciado em Ciências Biológicas) – Faculdade de Ciências Biológicas, Universidade Federal do Pará, Belém, 2021. Disponível em: https://bdm.ufpa.br:8443/jspui/handle/prefix/4088. Acesso em:.
Os cefalópodes são amplamente comercializados, principalmente as lulas onde as principais espécies exploradas são membros da família Loliginidae e Ommastrephidae, no entanto durante as várias formas de comercialização, ocorre o processamento do animal, que inclui a retirada e separação da cabeça, braços ou mesmo cortado em anéis, o que acaba dificultando a identificação morfológica e facilitando substituições, intencionais ou não, sendo necessários procedimentos mais eficientes para uma correta identificação. Desta forma, o presente estudo teve como objetivo demonstrar a eficácia do fragmento do 16S rDNA para a identificação de cefalópodes de valor comercial, comercializados na costa brasileira e regiões do Continente Americano. Foram coletadas amostras de supermercados e diretamente de pescadores. E a partir da extração e sequenciamento do DNA, obtivemos uma matriz contendo 216 sequências, incluindo lulas e polvos. Para as lulas, foram identificadas sete espécies distribuídas em vários estados do Brasil e exterior, bem como, erro de rotulagem de espécies nacionais, verificando-se 100% de erro de rotulagem nas amostras do estado do Pará, que continha a espécie Dosidicus gigas, encontrada somente no Oceano Pacífico que, assim como as demais amostras estava rotulada genericamente como “Lula Nacional”. Os dados obtidos indicam a comercialização de 4 espécies diferentes de polvos em feiras e mercados do Brasil e México. Animais vendidos com o nome genérico de “polvo do nordeste” foram geneticamente similares a O. vulgaris do Tipo II, entretanto, não houve valor de suporte estatístico significante que separasse geneticamente O. vulgaris do Tipo I e do Tipo II no presente estudo. Todos os indivíduos coletados em feiras no Nordeste foram geneticamente similares a O. insularis, contudo, o valor de suporte obtido não foi estatisticamente significativo. Portanto, nossos resultados demostraram a eficácia do fragmento do 16S rDNA para identificação de espécies e avaliação de erros de rotulagem. Tais práticas de substituições e fraudes comerciais se tornam uma problemática tanto na perspectiva econômica como ambiental, que poderiam ser sessados no Brasil com leis mais rigorosas no qual se exija o nome comum e científico das espécies, assim como mecanismos eficientes de identificação, a fim de se permitir uma negociação honesta com o consumidor.

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bibbiologicas@ufpa.br

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