Desaguar em raízes aéreas: o corpo nas experimentações do processo de criação colaborativo do espetáculo mARESia

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24-05-2014

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CRUZ, Marina Trindade. Desaguar em raízes aéreas: o corpo nas experimentações do processo de criação colaborativo do espetáculo mARESia. Orientadora: Luiza Monteiro e Souza. 2014. 80 f. Trabalho de Curso (Licenciatura em Dança) – Escola de Teatro e Dança, Instituto de Ciências da Arte, Universidade Federal do Pará, Belém, 2014. Disponível em: http://bdm.ufpa.br/jspui/handle/prefix/771. Acesso em:.
Esta pesquisa desvela as escolhas teóricas e os procedimentos metodológicos do processo de criação colaborativo do espetáculo ―mARESia‖, realizado pelo grupo Projeto Vertigem que busca sua poética na transversalidade de linguagens artísticas. Com intuito de direcionar-se à compreensão do processo de aprendizagem do intérprete-criador inserido em uma criação colaborativa, que lança mão da experimentação como principal estímulo do movimento criador. Assim, com base na minha prática artística e a partir do conhecimento que encontrei na academia, principalmente sobre a arte na contemporaneidade e as novas tendências para este ensino, proponho refletir: de que forma o processo colaborativo e experimental nas artes da cena podem contribuir para aprendizagem dos intérpretes-criadores? Para tanto, lançarei o olhar sobre dois momentos do processo de criação: as experimentações realizadas na Ilha do Marajó e a análise dos laboratórios de criação que propus posteriormente, experiências realizadas a partir do estudo de mitologias das orixás Nanã, Iemanjá e Oxum, aprofundando o entendimento sobre arquétipos femininos nas mitologias com a concepção da autora Clarissa Pinkola Estés. Estudos sobre experimentação e processos de criação colaborativa na contemporaneidade foram realizados a partir dos autores: Fayga Ostrower (1987), Cecília Salles (2004), Lenora Lobo (2008), Waldete Freitas (2012), Ana Flávia Mendes (2010) e Eleonora Leal (2012). Analisar este processo de criação aponta para reverberações na formação das intérpretes-criadoras envolvidas, discutirei esse tema com base no pensamento do pedagogo e pesquisador espanhol Jorge Larossa Bondía (2002), com algumas concepções do educador Paulo Freire e as pesquisas das artistas da dança e educadoras Isabel Marques (2007) e Marcia Strazzacappa (2006). Esta pesquisa, inserida na linha relacionada ao ensino de poéticas e processos de encenação, apresenta o foco na análise da criação para então refletir sobre o corpo do intérprete-criador, parto do lugar de observadora-participante inspirada na etnopesquisa crítica. Disserto sobre os caminhos para a criação, na observação do corpo plural construído através de suas experiências, constatando que todo processo de criação tem potencial para ser uma experiência transformadora, que possibilite ao intérprete-criador refletir sobre a construção de sua autonomia e liberdade.

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