Fatores de risco para natimortalidade em hospital estadual de referência para gestação de alto risco

Carregando...
Imagem de Miniatura

Data

01-05-2019

Título(s) alternativo(s)

Tipo de acesso

Acesso Abertoaccess-logo

Citar como

AZEVEDO, Lucas Patrick do Carmo; SILVA, Marlon Setubal da. Fatores de risco para natimortalidade em hospital estadual de referência para gestação de alto risco. Orientador: Jose Carlos Wilkens Cavalcante. 2019. 43 f. Trabalho de Curso (Bacharelado em Medicina) – Faculdade de Medicina, Instituto de Ciências da Saúde, Universidade Federal do Pará, Belém, 2019. Disponível em: https://bdm.ufpa.br:8443/jspui/handle/prefix/6057. Acesso em: .
Introdução: O óbito fetal é a perda do produto da concepção antes da expulsão ou extração completa do corpo da mãe e constituiu um importante marcador de saúde pública. Apresentando grande contraste entre países desenvolvidos (5 perdas por 1.000 nascidos) e países emergentes (36 perdas por 1.000 nascidos). Pode ser desencadeado por causas maternas, fetais, placentárias, externas ou desconhecidas, tendo inúmeros fatores de risco associados a esse desfecho. Na maioria das vezes evitáveis com um bom acompanhamento pré-natal e uma boa assistência ao parto, fazendo deste um grave problema de saúde pública, justificando a necessidade de estudos para estabelecer sua prevalência assim como seus fatores de risco. Objetivo: Identificar os fatores de risco para a ocorrência de óbitos fetais em um hospital de referência na assistência materno-infantil do Estado do Pará. Metodologia: Trata-se de um estudo observacional do tipo caso-controle, onde a população estudada foram as gestantes que evoluiram para óbito fetal (grupo caso) e nascidos vivos (grupo controle), respeitando os criterios de inclusão e exclusão. Os dados coletados foram provenientes de prontuários de pacientes atendidos no referido serviço entre janeiro e dezembro de 2017, sendo armazenados em banco de dados construido no software excel 2016, e analisados por meio de testes estatisticos descritivos e analiticos realizados no software SPSS 20.0. Resultados e Discussão: Obteve-se uma taxa de mortalidade fetal de 35.7 por 1.000 nascimentos. A comparação entre os grupos casos e controle apresentou relevancia estatiscas nas variáveis idade, estado civil e peso de nascimento, acompanhando o que se viu em estudos anteriores. Comportaram-se como fatores de risco as variáveis etilismo (OR:1.5) , hipertensão arterial sistêmica (OR:2.2), outras doenças diagnosticadas previamente a gestação (OR:2.7), sífilis (OR:2.8), malformação (OR:4.6), destacando-se o descolamento prematuro de placenta (OR:10.4) e a pré-eclâmpsia grave (OR:10.5) como os fatores mais relevantes para o óbto fetal no presente estudo. As variaveis número de consultas médicas durante o pré-natal e trabalho de parto prematuro comportaram-se como fator protetor. As principais causas de óbito identificadas foram hipóxia intrauterina (48%), morte fetal não especificada (41%) e óbito por outras causas (11%). Conclusão: Foi possivel estabelecer a taxa de natimortalidade da população estudada, assim como a identificação de suas principais causas. Através da análise das variáveis obteve-se uma serie de fatores de risco já documetados em outros trabalhos, assim como fatores protetores. A melhoria da qualidade do pré-natal e da adesão das gestantes a esse serviço deve ser o foco de estratégias de redução do óbito fetal no Brasil.

Fonte

1 CD-ROM

Fonte URI