Três décadas de funcionamento do sistema de organização modular de ensino, sob a ótica dos estudantes de Medicilândia, Pará

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09-03-2021

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CRUZ, Maria José da Conceição. Três décadas de funcionamento do sistema de organização modular de ensino, sob a ótica dos estudantes de Medicilândia, Pará. Orientador: Felipe Bittioli Rodrigues Gomes. 2021. 32 f. Trabalho de Curso (Licenciatura em Educação do Campo) - Faculdade de Etnodiversidade, Universidade Federal do Pará, Medicilândia. 2021. Disponível em: https://bdm.ufpa.br:8443/jspui/handle/prefix/3434. Acesso em:.
O presente trabalho é resultante de pesquisa que analisa, a partir das percepções de estudantes do ensino médio, as contribuições e limitações do Sistema de Organização Modular de Ensino (SOME) na formação educacional de jovens do campo no município de Medicilândia, estado do Pará, perante as necessidades e expectativas desse público. Identificar as perspectivas de avanços e desafios dos alunos do SOME na educação e suas contribuições para suas comunidades; analisar se este método de ensino tem contribuído, para a formação de jovens no meio agrícola de Medicilândia e se eles conseguiram ingressar em cursos superiores; examinar as características do SOME desde a sua implantação. Como técnica de coleta de dados utilizou-se a entrevista semiestruturada com onze estudantes, que cursaram o ensino médio no SOME do município de Medicilândia desde a sua implantação no ano de 1982 até 2020. O ensino é oferecido pela Secretaria de Estado de Educação (SEDUC), para os estudantes da zona rural no formato de disciplinas compactas blocadas. Na implantação o estado tinha como objetivo ofertar o ensino técnico de magistério para formar professores que posteriormente iriam lecionar no ensino fundamental e com o passar do tempo também implantaram o curso de contabilidade em Medicilândia. Os professores que vem para ministrar as aulas no sistema SOME não residem na comunidade, ficando alojados na escola da comunidade durante o período que está previsto no calendário da disciplina, e depois vão para outras localidades. Dentre os desafios citados pelos estudantes estão: a falta de professores, o conteúdo acelerado, o não cumprimento da carga horaria pelos professores, a falta de professores, disciplinas pendentes, entre outros, mas todos reconhecem as contribuições que o sistema tem trazido para a população rural de Medicilândia, na formação cientifica, oportunidade de continuar os estudos sem abandonar a vida no campo. Dentre os onze entrevistados, dez estão cursando ou já cursaram ensino superior. Embora haja reclamações por parte dos egressos, quanto aos problemas no ensino, isso não impediu, que eles ingressassem na universidade dando continuidade aos estudos.

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Disponível na internet via correio eletrônico: bibaltamira@ufpa.br