A formação inicial do pedagogo para atuação na educação especial

Este estudo aborda a temática da formação do profissional pedagogo do Curso de Pedagogia/UFPA-Abaetetuba com ênfase na Educação Especial, tendo como base a compreensão de que o currículo é o guia, o instrumento que norteará o processo de formação docente dos futuros educadores. Assim, o presente estudo tem como objetivos analisar o perfil de pedagogo proposto pelo PPC do Curso de Pedagogia para atuação na Educação Especial; analisar como a Educação Especial está contemplada nas ementas das disciplinas do PPC do curso de Pedagogia e analisar quais as habilidades e competências são definidas no PPC para atuação do pedagogo na Educação Especial. Para fazer tal discussão, utilizei como metodologia a abordagem qualitativa e análise documental do Projeto Pedagógico do Curso de Pedagogia (2011), do desenho curricular, das ementas das disciplinas e da proposta de reestruturação curricular do curso de Pedagogia do Campus do Guamá/UFPA (1999). Para avaliar os resultados dos dados coletados, utilizei como técnica de tratamento a Análise de Conteúdo proposta por Laurence Bardin (2011) com base em Câmara (2013). O referencial teórico se baseia nas concepções de autores como Glat e Blanco (2007); Glat, Pletsch e Fontes (2007); Mesquita (2007) para abordar a discussão da formação docente com ênfase na Educação Especial. Para o entendimento de currículo, estabeleço um diálogo a partir da compreensão de Veiga (1998), Sacristán (2000) e Goodson (1995). Para discorrer sobre o conceito de competência usei as obras de Rios (2001, 2003). Portanto, o resultado deste estudo demonstrou que a Educação Especial está contemplada de maneira obrigatória apenas no Núcleo Básico, por meio da oferta da disciplina “Fundamentos da Educação Especial”. Evidenciou-se ainda que o enfoque da Educação Especial está presente em maior significância no Núcleo Eletivo de Educação Especial mediante disciplinas eletivas. Nesse sentido, concluo que o curso de Pedagogia se apresenta em um estado de fragilidade em relação à Educação Especial, ou seja, apresenta grandes lacunas teórico-práticas que corroboram para a construção de um perfil de profissional minimamente preparado para trabalhar com alunos público alvo da Educação Especial em idade escolar.